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Empresários criticam decisão do Banco Central
DA REPORTAGEM LOCAL
Empresários e representantes de classe não se surpreenderam com a manutenção da Selic em 11,25%,
mas boa parte cobra do governo medidas para que taxa
possa cair no futuro.
Para os economistas da
CNI (Confederação Nacional da Indústria), a decisão
teve como justificativa a
pressão inflacionária gerada
pelo crescimento da demanda interna em um momento
da crise financeira nos EUA.
Paulo Skaf, presidente da
Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), condenou a decisão. "A
crise é deles [EUA], mas o juro alto é nosso. Esse posicionamento aumentará, ainda
mais, o diferencial de juros
do Brasil em relação às economias internacionais."
"O que nos preocupa é o
aumento do diferencial dos
juros internos com os externos e seus reflexos sobre o
câmbio", diz Alencar Burti,
presidente da ACSP (Associação Comercial de São
Paulo). Abram Szajman, presidente da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo), afirma
que, se as reduções da Selic
tivessem sido maiores no
passado, hoje a economia estaria mais confortável. Para o
presidente da Força Sindical,
Paulo Pereira da Silva, manter a Selic alta inibe a geração
de empregos e renda.
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