São Paulo, quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

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Vaivém das commodities

akianek@folhasp.com.br

MARÉ VERMELHA
As commodities agrícolas não conseguiram se desvencilhar dos mercados financeiros e voltaram a fechar no vermelho ontem. Na Bolsa de Chicago, a soja fechou no limite máximo de perda, com queda de 4,03%. O milho recuou 4,04%, e o farelo de soja, 4,19%.

PESSIMISMO
De acordo com Steve Cachia, analista de commodities da Cerealpar, sem notícias fundamentais, o mercado foi influenciado pelo pessimismo e ocorreu uma forte onda de vendas, de liquidações de posições. Os fundos de investimento tendem a vender os contratos agrícolas para cobrirem prejuízos nos mercados de ações.

RISCO DA DEMANDA
O risco para as commodities agrícolas seria uma eventual mudança no rumo do crescimento da demanda mundial por alimentos com a possível desaceleração da economia norte-americana, segundo o analista da Cerealpar.

INSUMOS
As vendas de adubos e fertilizantes no Brasil poderão crescer em mais de 1 milhão de toneladas neste ano, para 25,6 milhões de toneladas, o que significaria aumento de 4,5% sobre o ano passado, de acordo com projeções da Anda (associação do setor).

IMPACTO DA CRISE
Uma eventual recessão na economia dos EUA pode afetar o crescimento do mercado de adubos e fertilizantes neste ano. "Se tiver queda das commodities, seguramente andar de lado [em relação a 2007] pode ser um bom mercado [para 2008]", afirmou o diretor-executivo da Anda, Eduardo Daher, à Reuters.

GARANTIA AGRÍCOLA
Os produtores de frutas do Estado de São Paulo podem contar com mais uma opção de garantia agrícola. A Porto Seguro lança o Porto Seguro Agrícola, seguro que cobre os danos causados pelo granizo às safras de ameixa, caqui, figo, goiaba e maçã, entre outras frutas.

SACA A R$ 260
O preço do feijão subiu ontem nas principais regiões produtoras do país. A saca do tipo carioquinha chegou a ser negociada a R$ 260. Na média, segundo pesquisa da Folha, a saca ficou em R$ 250. De acordo com analista, se as vendas não começarem a reagir, o preço poderá não se sustentar por muito tempo.

ARROZ DO VIZINHO
O Uruguai deve colher safra recorde de arroz neste ano. De acordo com a Brandalizze Consulting, com as boas condições climáticas, a produção do cereal no país vizinho deve superar a marca de 1,6 milhão de toneladas. A colheita deve ter início em março.


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