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Álcool vai matar sede por combustíveis, prevê Shell
Biocombustíveis serão 7% do mercado até 2030, diz empresa
MARIANNE STIGSET
DA BLOOMBERG
Os biocombustíveis produzidos a partir do milho, da cana e
de outros produtos agrícolas
serão essenciais para atender
às necessidades futuras de
combustíveis do mundo, segundo Niel Golightly, vice-presidente de comunicação da Royal Dutch Shell, a maior empresa petrolífera da Europa.
A demanda por combustíveis
duplicará até meados deste século, disse Golightly, na conferência International Petroleum Week, em Londres.
"Nós precisaremos dos biocombustíveis para saciar essa
sede", disse ele. Os biocombustíveis responderão por 7% dos
combustíveis usados no setor
de transportes até 2030. Atualmente, são 1%, disse Golightly.
A crescente população mundial, a diminuição das reservas
de combustíveis fósseis e a necessidade de reduzir as emissões de gás carbônico respaldarão o desenvolvimento e o uso
de fontes alternativas de combustíveis, disse ele.
Os governos dos EUA e do
Brasil estimulam o uso de combustíveis alternativos para limitar as emissões de CO2, responsabilizadas pelo aquecimento global, e para reduzir a
dependência do petróleo.
A cana, usada na fabricação
do álcool no Brasil, provavelmente contribui mais para a
redução das emissões do que os
combustíveis feitos a partir do
milho, disse Golightly. Os EUA
preferem o milho.
Empresas como Shell, Chevron e BP (British Petroleum)
investem em biocombustíveis
produzidos com matérias-primas como algas, resíduos de
madeira, palha e pinhão.
Estudos realizados pela Oxfam, pelo Greenpeace e pela
OCDE (Organização para a
Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) dizem que
os biocombustíveis terão um
efeito limitado sobre as emissões e, ao mesmo tempo, elevarão os preços dos alimentos e
causarão danos ao ambiente,
com o desmatamento.
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