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RECEITA ORTODOXA
Apesar da melhora, caem empréstimos em proporção do PIB
Volume de crédito cresce e juros recuam em fevereiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os juros médios cobrados pelos
bancos caíram de 56,6% para
56,1% ao ano e o volume de empréstimos aumentou no mês passado, segundo dados do Banco
Central divulgados ontem. A taxa
do cheque especial foi reduzida
para 142,9%, menor nível desde
maio de 2000 (141,9%). O total de
empréstimos concedido no sistema financeiro subiu de R$ 409 bilhões para R$ 412 bilhões.
Apesar da melhoria, que acompanhou a redução nos juros básicos da economia realizada no ano
passado, de 26,5% para 16,5% -o
BC só voltou a cortar a taxa neste
mês, em 0,25 ponto percentual-,
a oferta de crédito como proporção do PIB (Produto Interno Bruto) continua estagnada. De janeiro para fevereiro, caiu de 25,7%
para 25,6%, mesmo nível de outubro do ano passado.
"De fato, em relação ao PIB, o
crédito está estagnado. Cresceu
na segunda metade do ano passado, mas de lá para cá vem se mantendo constante", disse o chefe do
Departamento Econômico do
Banco Central, Altamir Lopes.
Em termos absolutos, houve aumento dos empréstimos tanto para pessoas físicas como para jurídicas. No primeiro caso, o total
subiu de R$ 89,692 bilhões para
R$ 91,608 bilhões.
O que explica a estagnação da
oferta de crédito em proporção
do PIB é o fato de os financiamentos e a economia estarem crescendo no mesmo ritmo. Lopes destacou, contudo, que os dados referentes ao PIB em janeiro e fevereiro são projeções, pois os números
oficiais não foram divulgados.
Só houve queda de juros no período para as pessoas físicas. A taxa média saiu de 65,4% em janeiro para 64,2% em fevereiro.
O crédito pessoal foi a modalidade que teve maior crescimento
no volume concedido (de R$
30,84 bilhões para R$ 32,03 bilhões) e a que registrou corte mais
acentuado nas taxas (de 79,1% para 76,6% ao ano), nos dois casos
em termos absolutos.
Segundo Lopes, os números do
crédito pessoal foram ampliados
sobretudo pelos empréstimos
com desconto em folha de pagamento, aprovados em 2003. Ele
disse que as pessoas têm trocado
outras formas de empréstimo pelo desconto em folha, cujos juros
são menores.
Os juros para pessoas jurídicas
mantiveram-se praticamente estáveis no mês passado. De uma taxa média de 30,1% em janeiro, subiram para 30,2%.
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