São Paulo, terça-feira, 24 de maio de 2005

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País quer mais direitos a quem trabalha fora

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo quer garantir maior acesso para a permanência temporária de trabalhadores brasileiros que prestam serviços no exterior. Essa modalidade de prestação de serviços ajuda a engrossar o balanço de pagamentos do país.
De acordo com o chanceler Celso Amorim, hoje o Brasil recebe cerca de US$ 6 bilhões por ano de divisas pelo pagamento de serviços prestados por profissionais brasileiros no exterior. Segundo os cálculos do governo, o valor poderá subir para US$ 10 bilhões se as regras forem mais transparentes.
A movimentação temporária de trabalhadores é uma das quatro formas em que os países poderão oferecer acesso para cada um dos 11 segmentos de prestação de serviços negociados. Segundo os negociadores brasileiros, há uma grande demanda de brasileiros que querem fechar contratos temporários de prestação de serviços, principalmente em contabilidade. Como ainda não há regras internacionais definidas, os países desenvolvidos adotam barreiras a esses profissionais. Os serviços também poderão ser prestados pela internet, sem que o trabalhador tenha que sair de seu país.
Outra categoria de serviços é a de consumo no exterior, na qual entram as chamadas telefônicas a cobrar ou contas em bancos no exterior.
A instalação de estabelecimentos estrangeiros, como um consultoria, uma agência de turismo ou um banco, é a última das quatro modalidades negociadas de prestação de serviços.
Os serviços de "call center", conhecidos no Brasil como telemarketing, é um dos mercados mais cobiçados pelos países em desenvolvimento, que prestam esse serviços aos países ricos a um custo menor.
No entanto ainda falta definir se esse tipo de serviço entra como consumo no exterior ou pela internet. A Índia é um dos principais países que prestam esse tipo serviço para países ricos.
No caso do Brasil, o governo prevê que o aproveitamento desse mercado no exterior será limitado por causa da barreira do idioma.


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