São Paulo, terça-feira, 24 de junho de 2008

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COMÉRCIO INTERNACIONAL

Avançam negociações para destravar a Rodada Doha

MARCELO NINIO
DE GENEBRA

Depois de ameaçar deixar a mesa de negociações, o Brasil aceitou ontem, em nome do Mercosul, uma fórmula para que as uniões aduaneiras possam adotar flexibilidades nos cortes de tarifas previstos na Rodada Doha, protegendo certos setores de sua indústria.
O tema mergulhou num grave impasse nos últimos dias na reunião de 12 países convocada pelos Estados Unidos para tentar destravar as negociações sobre produtos industriais e serviços. O Brasil insistia em que fosse mantida a fórmula proposta pelo mediador, o embaixador canadense Don Stephenson, na qual uniões aduaneiras poderiam proteger até 14% de suas linhas tarifárias.
Alguns países ricos, encabeçados pelos EUA, discordaram do cálculo, afirmando que o Brasil e os demais membros do Mercosul se beneficiariam de uma cota extra de proteção, podendo fechar setores estratégicos inteiros às importações. Com a intervenção do diretor-geral da OMC (Organização Mundial do Comércio), Pascal Lamy, economistas da entidade elaboraram fórmulas de flexibilidade que foram propostas aos países. Uma delas pôs fim ao impasse.
"O caminho ficou mais livre para uma [reunião] ministerial", disse Roberto Azevedo, principal negociador do Brasil na Rodada Doha. Ele não quis revelar qual foi a fórmula do consenso, mas afirmou que ela garante a proteção que o Mercosul exigia para sua indústria.


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