São Paulo, sexta-feira, 24 de julho de 2009

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TRABALHO

Greves aumentam em 2008, segundo estudo do Dieese

CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

O crescimento da economia verificado nos três primeiros trimestres de 2008 motivou os trabalhadores a fazerem mais greves no ano passado, segundo estudo do Dieese divulgado ontem. No Brasil, 411 paralisações ocorreram no ano passado, o que representou aumento de 30% em relação às 316 greves verificadas em 2007.
Das 411 paralisações no ano passado, a maior parte (224) ocorreu no setor privado. "Ao contrário do que ocorria desde 2004, houve mais paralisações no setor privado, especialmente na indústria", afirma Luís Augusto Ribeiro da Costa, supervisor de pesquisas sindicais do Dieese.
Com a economia aquecida e o emprego em alta, os trabalhadores da iniciativa privada se sentiram mais "seguros" para participar de uma paralisação em busca de reajuste nos salários, participação nos lucros ou melhores condições no trabalho, segundo avaliam os técnicos.
A demanda por aumento nos salários ainda é a principal reivindicação nas greves que ocorrem no país, tanto no setor público como no privado. "Quase 70% das greves realizadas no ano passado mantiveram o caráter propositivo. Ou seja, foram feitas para buscar novas conquistas ou ampliar os direitos já conquistados", diz.
O total de horas paradas nas 411 greves feitas no ano passado chegou a 24.673 -sendo que 17.457 correspondem ao setor público, que concentra paralisações de longa duração.
O Dieese não identificou o total de trabalhadores envolvidos nas 411 greves, mas contabilizou que ao menos 2 milhões de pessoas participaram de 256 dessas paralisações. No setor público, a média é de 12.203 grevistas por greve. No privado, 3.868.


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