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TRABALHO
Greves aumentam em 2008, segundo estudo do Dieese
CLAUDIA ROLLI
DA REPORTAGEM LOCAL
O crescimento da economia verificado nos três primeiros trimestres de 2008
motivou os trabalhadores a
fazerem mais greves no ano
passado, segundo estudo do
Dieese divulgado ontem. No
Brasil, 411 paralisações ocorreram no ano passado, o que
representou aumento de
30% em relação às 316 greves
verificadas em 2007.
Das 411 paralisações no
ano passado, a maior parte
(224) ocorreu no setor privado. "Ao contrário do que
ocorria desde 2004, houve
mais paralisações no setor
privado, especialmente na
indústria", afirma Luís Augusto Ribeiro da Costa, supervisor de pesquisas sindicais do Dieese.
Com a economia aquecida
e o emprego em alta, os trabalhadores da iniciativa privada se sentiram mais "seguros" para participar de uma
paralisação em busca de reajuste nos salários, participação nos lucros ou melhores
condições no trabalho, segundo avaliam os técnicos.
A demanda por aumento
nos salários ainda é a principal reivindicação nas greves
que ocorrem no país, tanto
no setor público como no
privado. "Quase 70% das greves realizadas no ano passado mantiveram o caráter
propositivo. Ou seja, foram
feitas para buscar novas conquistas ou ampliar os direitos já conquistados", diz.
O total de horas paradas
nas 411 greves feitas no ano
passado chegou a 24.673
-sendo que 17.457 correspondem ao setor público,
que concentra paralisações
de longa duração.
O Dieese não identificou o
total de trabalhadores envolvidos nas 411 greves, mas
contabilizou que ao menos 2
milhões de pessoas participaram de 256 dessas paralisações. No setor público, a
média é de 12.203 grevistas
por greve. No privado, 3.868.
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