DA REPORTAGEM LOCAL

A trégua dada pelo mercado financeiro na segunda-feira mostrou ser mais passageira do que se esperava. Apesar de a intensidade se menor que a de sexta, ontem dólar e juros voltaram a subir, e a Bolsa recuou. E o governo encontrou um ambiente não muito amigável para leiloar seus títulos.
No leilão realizado ontem, as LTNs (títulos prefixados) com vencimento em janeiro de 2008 não tiveram propostas aceitas. Segundo operadores, o mercado pediu taxas muita elevadas para ficar com os títulos. O Tesouro Nacional conseguiu colocar LTNs de prazos um pouco menores, no montante de R$ 3,5 bilhões.
Para a LTN que vence em janeiro de 2007, o governo pagou taxa máxima de 18,64% ao ano -mais caro do que há um mês, quando leiloou títulos semelhantes pagando taxa de 18,31%.
O título que vence em abril do próximo ano teve juros máximos de 19,017%.
A moeda norte americana subiu 1,01%, para ser vendida a R$ 2,409. No pregão da BM&F, a taxa do contrato DI com resgate daqui a dez meses foi de 18,48% para 18,57% anuais.
No domingo, o ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) deu entrevista para se defender de denúncias de recebimento de propina contra ele, feita por seu ex-assessor Rogério Buratti. Hoje o dia pode ser de mais tensão, com a possibilidade de novo depoimento de Buratti à CPI.
A Bolsa de Valores de São Paulo encerrou o pregão com desvalorização de 1,80%. (FV)


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