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Autonomia preocupa ANP e Aneel
DA FOLHA ONLINE
O diretor-geral da ANP (Agência Nacional de Petróleo), Sebastião do Rego Barros, disse ontem
esperar que a autonomia das
agências não seja reduzida com o
projeto do governo.
"O governo tem sinalizado que
não é essa a intenção. O que me
foi dito é que a intenção é continuar a independência das agências e que procurariam estudar
mecanismos para aumentar essa
independência."
Segundo Rego Barros, a idéia é
que as alterações previstas não
provoquem inquietação no mercado, afastamento de investidores
ou sustos para a sociedade.
Para José Mário Abdo, diretor-geral da Aneel (Agência Nacional
de Energia Elétrica), a idéia de que
as agências tenham um contrato
de gestão poderá ferir sua autonomia. Para ele, a mudança de atribuições das agências deve ter como pressupostos justamente a
manutenção da autonomia, com
recursos próprios e um mandato
fixo para a direção -pelo projeto
do governo, todos os mandatos
serão de quatro anos e continuam
não coincidentes entre si e com o
do presidente da República.
Contingenciamento
Rego Barros reclamou do contingenciamento de verbas pelo
governo e afirmou que as atividades de pesquisa geológica estão
paralisadas, por falta de dinheiro.
Segundo ele, a ANP deveria receber neste ano R$ 1,4 bilhão para
pesquisa, mas ainda não obteve
os recursos. "No Orçamento fixaram inicialmente em R$ 289 mil,
depois retiraram R$ 200 mil, e os
R$ 89 mil restantes que definiram
como verba até agora não foram
liberados", afirmou.
Desde a aprovação da lei que
acabou com o monopólio da Petrobras e criou a ANP, em 1997, a
pesquisa geológica passou a ser
atribuição da agência. Para isso,
foram destinados 40% da verba
de "participação especial" que a
ANP recebe sobre a produção de
poços de alta produtividade.
Colaborou a Reportagem Local
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