DA REDAÇÃO

O Goldman Sachs vai receber uma injeção de US$ 5 bilhões por meio da venda de ações preferenciais para a Berkshire Hathaway, a empresa do investidor Warren Buffett -que ainda terá direito, durante cinco anos, a comprar mais US$ 5 bilhões. Além desse montante, o banco americano pretende conseguir mais US$ 2,5 bilhões com a venda de ações ordinárias em oferta pública.
"O Goldman Sachs é uma instituição excepcional", afirmou Buffett, em comunicado divulgado ontem. "Ele tem uma franquia global sem rival, uma equipe de direção extensa e testada e os capitais financeiro e intelectual para continuar com sua história de ótimos resultados."
Buffett, que recentemente perdeu o título de homem mais rico dos EUA para Bill Gates, segundo a "Forbes", tem feito alguns investimentos nos últimos dias, mas esse foi o primeiro em uma instituição financeira.
Segundo a agência de notícias Kyodo, o terceiro maior banco do Japão, o Sumitomo Mitsui Financial Group, também está interessado em investir no Goldman Sachs, mas a instituição negou.
O negócio com Buffett ocorre dois dias após Goldman Sachs e Morgan Stanley terem conseguido autorização para se tornarem holdings financeiras, deixando de serem somente bancos de investimento e passando a serem também instituições comerciais, aptas a captar depósitos, por exemplo.
O Morgan Stanley fechou anteontem a venda de 20% das suas ações para o banco japonês Mitsubishi por cerca de US$ 8 bilhões.
Com a mudança, os dois bancos passaram a ter fontes de financiamento mais estáveis por meio do Fed (o BC dos EUA), o que os tornou mais atrativos para os investidores no momento de crise.
No começo da semana passada, antes de o governo dos EUA revelar a intenção de lançar um plano, o Goldman Sachs e o Morgan Stanley, especialmente este, passaram a ser apontados como prováveis vítimas da crise.


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