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Funcionários de Jirau voltam a paralisar obras no rio Madeira
MATHEUS PICHONELLI
DA AGÊNCIA FOLHA
Pela segunda vez em duas semanas, trabalhadores da usina
de Jirau, um dos empreendimentos do complexo hidrelétrico do rio Madeira (RO), paralisaram as atividades no local
para pedir aumento salarial.
As obras já haviam sido interrompidas, no último dia 8, em
protesto dos funcionários de
Jirau e da usina Santo Antônio.
Eles pressionavam as empresas a criar um piso salarial de
R$ 750 -hoje, um ajudante de
pedreiro ganha cerca de R$
520, segundo o Sticcero, sindicato ligado à CUT, que comandou a paralisação.
Pela proposta do sindicato, o
piso da categoria passaria a ser
de R$ 650, e os trabalhadores
teriam direito a cesta básica e
plano de saúde.
De acordo com o presidente
do Sinicon, que representa a indústria da construção pesada
de Rondônia, Renato Lima, só
os trabalhadores de Jirau cruzaram os braços ontem. As
obras em Santo Antônio estavam normais.
Cerca de 9.500 funcionários
trabalham para os consórcios
responsáveis pelas usinas -a
Energia Sustentável do Brasil,
liderada pela franco-belga Suez
Energy (de Jirau), e Santo Antônio Energia, que tem à frente
a Odebrecht.
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