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São Paulo, sexta-feira, 24 de outubro de 2003

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ENERGIA

Ministério revê modelo de preço para geradoras

SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo está revendo o modelo de preço administrado de compra de energia das geradoras pelas distribuidoras. A idéia inicial era comercializar a energia dentro de um "pool", que resultaria em um valor médio entre os preços dos novos projetos de geração (energia nova) e o das atuais usinas (energia velha).
Agora, a tendência é ter menos intervenção e mais ação da "mão invisível do mercado", na formação de preços do setor. O que se discute é a realização de leilões de energia -separadamente- das termelétricas, das novas usinas hidrelétricas e das sobras das atuais usinas.
"Se houver um preço médio, será na distribuidora: ela contratará cada tipo de energia ao preço do leilão e a venderá por um preço médio", disse a ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia). Ela participou ontem da abertura do "Projeto Brasil", uma iniciativa da agência Dinheiro Vivo para discutir o desenvolvimento do país.
Segundo Dilma, "a tarifa das geradoras será formada, preferencialmente, por um processo licitatório, no mercado. A metodologia que queremos aplicar é a de licitação pública e transparente".
A ministra nega, porém, que isso signifique uma mudança no modelo proposto em julho para o setor e ainda em discussão com os agentes do mercado. "O modelo já previa as licitações", afirma. O objetivo do novo modelo é viabilizar novos investimentos em geração e garantir tarifas mais baratas ao consumidor. "Como há sobra de energia, vai entrar nos leilões só a energia mais barata, garantindo a modicidade tarifária", disse Maurício Tomalsquim, secretário de Minas e Energia.


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