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ENERGIA
Ministério revê modelo de preço para geradoras
SANDRA BALBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O governo está revendo o modelo de preço administrado de
compra de energia das geradoras
pelas distribuidoras. A idéia inicial era comercializar a energia
dentro de um "pool", que resultaria em um valor médio entre os
preços dos novos projetos de geração (energia nova) e o das
atuais usinas (energia velha).
Agora, a tendência é ter menos
intervenção e mais ação da "mão
invisível do mercado", na formação de preços do setor. O que se
discute é a realização de leilões de
energia -separadamente- das
termelétricas, das novas usinas
hidrelétricas e das sobras das
atuais usinas.
"Se houver um preço médio, será na distribuidora: ela contratará
cada tipo de energia ao preço do
leilão e a venderá por um preço
médio", disse a ministra Dilma
Rousseff (Minas e Energia). Ela
participou ontem da abertura do
"Projeto Brasil", uma iniciativa da
agência Dinheiro Vivo para discutir o desenvolvimento do país.
Segundo Dilma, "a tarifa das geradoras será formada, preferencialmente, por um processo licitatório, no mercado. A metodologia
que queremos aplicar é a de licitação pública e transparente".
A ministra nega, porém, que isso signifique uma mudança no
modelo proposto em julho para o
setor e ainda em discussão com os
agentes do mercado. "O modelo
já previa as licitações", afirma. O
objetivo do novo modelo é viabilizar novos investimentos em geração e garantir tarifas mais baratas ao consumidor. "Como há sobra de energia, vai entrar nos leilões só a energia mais barata, garantindo a modicidade tarifária",
disse Maurício Tomalsquim, secretário de Minas e Energia.
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