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Empresas dos EUA aceleram cortes de vagas
DA REDAÇÃO
Lucros menores, piora do
cenário econômico e corte de
vagas. A atual rodada de balanços das empresas americanas mostra que elas estão
acreditando que a crise vai
afetar ainda mais as suas
vendas e começam a acelerar
a demissão de funcionários.
Ainda assim, em um dia de
muita oscilação, a Bolsa de
Nova York terminou em alta.
Em um pregão que operou
durante boa parte no vermelho, a Bolsa de Nova York se
recuperou nos últimos 20
minutos e terminou o dia em
alta. O Dow Jones, o principal índice da Bolsa nova-iorquina, subiu 2,02% -em um
dia em que chegou a se desvalorizar em 3,24%. Ainda
assim, 11 das 30 ações que
compõem o índice terminaram o dia em baixa.
O S&P 500, formado por
500 grandes empresas, também teve um dia de muitas
oscilações entre os territórios positivo e negativo e terminou com alta de 1,26%. No
entanto, a Nasdaq, que reúne
empresas de alta tecnologia,
recuou 0,73%.
Os anúncios de demissões
divulgados nas últimas semanas mostram que a desaceleração não está restrita a
um único setor da economia,
em mais um sinal da recessão que deverá se confirmada nos próximos meses.
Ontem, foi a vez de a Xerox
afirmar que demitirá 3.000
trabalhadores. A General
Motors deve continuar com
a sua onda de cortes -mas
não especificou o tamanho
da redução- e a Chrysler,
com quem negocia fusão, eliminará mais de 1.800 postos.
E ainda especula-se que o
Goldman Sachs vai demitir
10% dos funcionários (cerca
de 3.000 trabalhadores).
Nos últimos dias, empresas como a farmacêutica
Merck e o Yahoo!, de tecnologia, disseram que farão reduções expressivas nos quadros de funcionários. A taxa
de desemprego em setembro, de 6,1%, foi a maior desde julho de 2003, e a Casa
Branca afirmou ontem que o
setor terá pela frente "uma
estrada atribulada". O governo disse ainda que os números do PIB do terceiro trimestre, que serão divulgados
na semana que vem, "não serão bons" e que o resultado
dos últimos três meses do
ano também deve ser ruim.
Outro dado negativo para
o mercado de trabalho é que
o número de pedidos de auxílio-desemprego voltou a
crescer na semana passada
-depois de um pequeno recuo nos sete dias anteriores.
Foram 440 mil novos pedidos, alta de 44% ante igual
período do ano passado. Na
média de quatro semanas,
são 3,68 milhões de trabalhadores que receberam o benefício por mais de sete dias,
1,13 milhão mais que na mesma época de 2007.
O principal balanço do dia
foi o da Microsoft, que superou as expectativas dos mercados, mas reduziu as suas
previsões de ganhos para os
próximos meses, devido à
piora do cenário econômico.
A empresa lucrou US$ 4,37
bilhões no terceiro trimestre, 1,92% mais que nos mesmos meses do ano passado.
A Dow Chemical teve um
aumento de 6,2% no lucro de
julho a setembro. Porém, ela
afirmou que espera uma recessão global durante a
maior parte do ano que vem.
E The New York Times
Company, dona do jornal de
mesmo nome e do "Boston
Globe", entre outros, teve
queda de 51,4% nos ganhos.
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