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MERCADO
Possibilidade de fim do movimento de alta dos juros também anima investidores; NY chega perto dos 11 mil pontos
Bolsas dos EUA sobem com confiança maior
DA REDAÇÃO
Um conjunto de boas notícias
animou o mercado americano
ontem e fez com que o índice Dow
Jones, o principal da Bolsa de Nova York, encostasse nos 11 mil
pontos. O dado da confiança do
consumidor americano veio acima do esperado, o petróleo caiu e
há ainda a expectativa de que o
Fed vá encerrar em breve o ciclo
de alta dos juros.
O Dow Jones fechou em alta de
0,4%, a 10.916,09 pontos, enquanto a Nasdaq subiu 0,3% e fechou
em 2.259,98 pontos. O volume negociado foi baixo porque hoje e
amanhã são feriados nos EUA.
O índice de confiança do consumidor americano, medido pela
Universidade de Michigan, ficou
em 81,6 pontos neste mês, ante
74,2 pontos em outubro. O resultado ficou acima da expectativa
do mercado, de 81 pontos.
O índice, que aponta maior otimismo do consumidor, vem em
um momento importante para o
varejo dos EUA, já que na próxima semana começa a temporada
de compras de Natal no país. O
consumo é responsável por cerca
de dois terços do PIB (Produto Interno Bruto) dos EUA.
Já o petróleo caiu 0,2% ontem,
fechando a US$ 58,71 na Bolsa de
Nova York, depois que o Departamento de Energia dos EUA divulgou que houve alta nos estoques
de combustível do país.
Também contribuiu para a alta
das Bolsas o fato de a ata da última
reunião do Fed (Federal Reserve,
o banco central dos EUA), divulgada anteontem, ter mostrado
que membros do órgão já discutem encerrar o ciclo de alta nos juros, iniciado em junho de 2004.
Os juros estão hoje em 4% ao ano.
Para as empresas, é positivo que
os juros fiquem em um patamar
menor, já que isso reduz seus custos de financiamento. Além disso,
os consumidores também pagam
menos juros e têm mais renda
disponível para consumir.
Os juros menores nos EUA
também são positivos para os
emergentes. Quando a taxa paga
pelos títulos americanos, considerados os mais seguros, se torna
atraente, os investidores tendem a
tirar dinheiro de países como o
Brasil para investir nos EUA.
Um dado negativo divulgado
ontem foi o aumento dos pedidos
de seguro-desemprego, que chegaram a 335 mil na semana passada, acima do esperado. Analistas
disseram, porém, que os dados
mostram que o impacto dos furacões Katrina e Rita no emprego
está diminuindo.
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