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PIB e consumo nos EUA serão analisados por investidores
No cenário local, dados da
conta externa são destaque
DA REPORTAGEM LOCAL
Os mercados demonstraram
na semana passada que ainda
não encontraram o seu piso,
podendo cair ainda mais se os
indicadores econômicos se
mostrarem desanimadores. Para os próximos dias, não faltarão dados para mexer com os
ânimos dos investidores.
O dia mais crítico tende a ser
a quarta-feira. Além de ser véspera do feriado de Ação de Graças nos EUA, a quarta trará
uma intensa bateria de dados
econômicos para ser avaliada
por analistas e investidores.
O principal indicador econômico desse dia será o PCE (que
mede os gastos dos consumidores americanos). O indicador é
especialmente importante por
ser acompanhado de perto pelo
Fed (Federal Reserve, o banco
central dos EUA). A expectativa é a de que esse indicador da
atividade econômica americana tenha recuado no mês passado, ficando perto de -0,9%.
Na quarta, ainda serão divulgados nos EUA os resultados de
novos pedidos de seguro-desemprego, as encomendas de
bens duráveis, o índice de confiança do consumidor e as vendas de imóveis novos. Como o
temor em relação à intensidade
e à duração do processo de recessão que ameaça as economias mundiais está no centro
das preocupações do mercado
financeiro, esses indicadores
poderão alterar as apostas dos
investidores.
Amanhã, os EUA apresentarão a segunda prévia do resultado de seu PIB (Produto Interno
Bruto) do terceiro trimestre. A
expectativa é que o PIB apresente retração em torno de
0,5% -a primeira estimativa
apontou contração de 0,3%.
"A economia norte-americana deverá apresentar uma contração bem mais acentuada no
quarto trimestre, o que caracterizaria uma recessão técnica
[dois trimestres consecutivos
com taxa negativa de crescimento]", afirma o economista-chefe da corretora Concórdia,
Elson Teles. "De acordo com
estimativas apresentadas na última ata de reunião do Fed, o
PIB cresceria entre 0% e 0,3%
no quarto trimestre deste ano
em relação ao mesmo período
do ano anterior, o que sugere
que esteja trabalhando com
uma queda anualizada do PIB."
O mercado também estará
atento aos números de estoques de petróleo e derivados,
que serão divulgados na quarta.
Na semana passada, o preço
futuro do barril desceu abaixo
dos US$ 50 em Nova York, fato
que afetou o desempenho das
ações de empresas do setor petrolífero, como a Petrobras.
Apenas no pregão de sexta-feira, as ações da estatal desabaram 9,37% (ordinárias) e
8,70% (preferenciais).
No acumulado do ano, esses
papéis apresentam perdas muito expressivas: 61,5% (PN) e
61,3% (ON).
Capital externo
Hoje o mercado doméstico
estará de olho na divulgação
dos números dos investimentos estrangeiros e no resultado
da conta corrente do mês passado, que vão ser apresentados
pelo Banco Central.
A saída de capital externo do
país tem sido um fator bastante
prejudicial para a Bolsa de Valores de São Paulo, além do impacto negativo que o movimento tem tido sobre o câmbio.
Na quarta-feira, o Banco
Central apresentará números
referentes ao fluxo cambial da
última semana.
No mesmo dia, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística) divulga o resultado
do IPCA-15, que é uma prévia
do índice de preços utilizado
pelo BC para monitorar a meta
oficial de inflação. A expectativa é a de que o IPCA-15 aponte
alta de 0,48%, o que representará uma elevação em relação
ao levantamento anterior
-quando houve alta de 0,30%.
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