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Taxas dos bancos são
bem superiores à Selic
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os juros praticados pelos bancos em seus empréstimos continuam bem acima da taxa Selic fixada pelo Banco Central, que, hoje, está em 25,5% ao ano. Os financiamentos concedidos a pessoas físicas são os mais caros, segundo levantamento feito pelo
BC. Em novembro passado, por
exemplo, a taxa Selic estava em
22% ao ano, enquanto os juros
cobrados no cheque especial estavam em 160,9% ao ano.
A Selic é chamada de juro básico
da economia por servir de referência às demais operações de
crédito praticadas no sistema financeiro: quanto maiores os juros
pagos pelos bancos para captar
dinheiro, maiores serão as taxas
cobradas dos clientes.
A diferença entre o custo de
captação dos bancos e a taxa praticada nos seus empréstimos é
chamada de "spread" bancário. O
"spread" inclui os custos que as
instituições têm para conseguir
emprestar dinheiro para seus
clientes -incluindo seus lucros.
No Brasil, os altos "spreads" são
consequência da carga tributária
que incide nas operações financeiras e das elevadas margens de
lucro dos bancos, de acordo com
estudo do BC. Segundo o estudo,
cerca de um terço do "spread" é
composto pelos impostos que incidem sobre essas transações e
que são repassadas aos clientes.
Outro um terço corresponde à
margem de lucro dos bancos. O
restante equivale a custos administrativos e às perdas resultantes
da inadimplência.
Em outubro de 99, o BC iniciou
um projeto que tem por objetivo
reduzir o "spread" praticado pelos bancos, trazendo as taxas de
juros cobradas pelas instituições
para mais perto da Selic.
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