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Brasil e EUA definirão taxa de juros na quarta-feira
Expectativa do mercado é que índices se mantenham
DA REPORTAGEM LOCAL
Após uma semana bastante
intensa no mercado financeiro
internacional, uma série de indicadores vai amparar as decisões dos investidores nos próximos dias. Enquanto a Bovespa estiver fechada por aqui hoje, com o feriado em comemoração ao aniversário de São
Paulo, dados serão apresentados nos Estados Unidos, como
os de vendas de imóveis usados
em dezembro e a atividade manufatureira medida pelo Fed na
região de Dallas.
Amanhã é a vez de serem
apresentados os números do
índice de confiança do consumidor americano, além do indicador de desempenho do setor
manufatureiro medido pelo
Fed de Richmond.
Mas o dia mais quente da semana será, sem dúvida, a quarta-feira, quando serão realizadas as reuniões dos bancos centrais dos EUA e do Brasil.
A expectativa do mercado é a
de que o Fed (Federal Reserve,
o banco central dos EUA) mantenha sua taxa de juros inalterada, na atual faixa de 0% a
0,25% anual.
O que interessa de fato a analistas e investidores é a nota
que os dirigentes do Fed irão
apresentar após o encontro.
Nesse documento, espera-se
que haja sinais de quando os juros começarão a ser elevados
na maior economia do mundo.
Com o arrefecimento da crise
econômica, o mercado espera
que em um futuro próximo não
seja mais necessário o país
manter seus juros no atual piso.
Para a reunião do Copom
(Comitê de Política Monetária), a expectativa também é de
manutenção dos juros. A taxa
básica brasileira está em 8,75%
ao ano. E, como ocorre em relação ao encontro de política monetária nos EUA, o que interessa aos investidores é saber
quando a Selic começará a ser
aumentada.
No mercado, há quem conte
com o início do ajuste da Selic
nos segundo trimestre. Para
outros, a taxa básica não vai começar a ser elevada antes do
terceiro trimestre.
A expectativa do mercado, sinalizada na pesquisa semanal
do BC Focus, é a de que a Selic
esteja a 11,25% no fim do ano.
Ou seja, bem acima do patamar
em que está hoje.
"O Banco Central deve manter a taxa Selic inalterada em
8,75% nesta reunião do Copom,
mas esperamos uma alteração
no tom do comunicado e da ata,
já deixando as portas abertas
para uma possível elevação dos
juros na reunião de março ou
abril", afirma, em relatório,
Maristella Ansanelli, economista-chefe do banco Fibra.
"Nosso cenário incorpora alta de 2,5 pontos percentuais na
Selic ao longo do ano, com o início do ciclo em abril, mas ressaltamos que os riscos são assimétricos na direção de uma antecipação do movimento de alta ou uma maior magnitude do
ciclo de aperto", completa.
Na quinta-feira, a agenda
mantém-se agitada. A divulgação do índice de preços IGP-M
de janeiro é aguardada com ansiedade. Isso porquê a inflação
começa a dar sinais de aceleração, o que pode antecipar o esperado início do processo de alta da Selic. O mercado espera
que o IGP-M tenha registrado
alta de 0,53% neste primeiro
mês do ano, após a retração de
0,26% apontada em dezembro
do ano passado.
No Brasil, destaque também
para o início da safra de balanços das grandes instituições financeiras. Na quinta-feira, o
Bradesco dará início à divulgação dos números referentes a
2009. Um dos pontos que estará no centro das atenções dos
investidores é o comportamento das carteiras de crédito, tanto sua expansão quanto o comportamento da inadimplência.
Na sexta, a primeira prévia
do PIB dos EUA do 4º trimestre
concentrará as atenções.
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