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Exportação têxtil pode subir 20%
da Reportagem Local
A Abit (Associação Brasileira da
Indústria Têxtil) calcula que as exportações do setor devem subir
20%, de US$ 1,1 bilhão para US$ 1,3
bilhão anuais, com a baixa do real.
"Vamos ser mais competitivos.
Mas dependemos ainda de financiamento à exportação a um custo
mais barato para as pequenas e
médias empresas", diz Paulo Skaf,
presidente da associação. Segundo
ele, a liberação de recursos para esses financiamentos está parada há
duas semanas.
Na Itália, diz, as pequenas e médias representam 50% das exportações de têxteis. No Brasil, o percentual não passaria de 5%.
Marcelo Prado, diretor do Iemi,
consultoria especializada no setor
têxtil, acredita que as exportações
vão crescer sobretudo entre índigos, brins e artigos de cama, mesa e
banho. "Essas empresas estão preparadas para exportar mais porque têm capacidade."
Outros setores, diz, podem ter
mais dificuldade por depender do
algodão importado. "Fabricantes
de índigos trabalham com algodão
nacional. Os tecidos mais finos são
feitos com algodão importado."
A indústria têxtil cogitou a possibilidade de fechar negócios com
preço aberto. Significa, por exemplo, uma fiação fechar contrato
com uma tecelagem, especificando
preço só no pagamento da fatura.
Essa foi uma das formas utilizadas, diz Prado, para continuar trabalhando. Algumas empresas subiram os preços entre 10% e 15% e
outras simplesmente pararam de
comprar e vender.
(FF)
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