São Paulo, segunda, 25 de janeiro de 1999

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Exportação têxtil pode subir 20%

da Reportagem Local

A Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil) calcula que as exportações do setor devem subir 20%, de US$ 1,1 bilhão para US$ 1,3 bilhão anuais, com a baixa do real.
"Vamos ser mais competitivos. Mas dependemos ainda de financiamento à exportação a um custo mais barato para as pequenas e médias empresas", diz Paulo Skaf, presidente da associação. Segundo ele, a liberação de recursos para esses financiamentos está parada há duas semanas.
Na Itália, diz, as pequenas e médias representam 50% das exportações de têxteis. No Brasil, o percentual não passaria de 5%.
Marcelo Prado, diretor do Iemi, consultoria especializada no setor têxtil, acredita que as exportações vão crescer sobretudo entre índigos, brins e artigos de cama, mesa e banho. "Essas empresas estão preparadas para exportar mais porque têm capacidade."
Outros setores, diz, podem ter mais dificuldade por depender do algodão importado. "Fabricantes de índigos trabalham com algodão nacional. Os tecidos mais finos são feitos com algodão importado."
A indústria têxtil cogitou a possibilidade de fechar negócios com preço aberto. Significa, por exemplo, uma fiação fechar contrato com uma tecelagem, especificando preço só no pagamento da fatura.
Essa foi uma das formas utilizadas, diz Prado, para continuar trabalhando. Algumas empresas subiram os preços entre 10% e 15% e outras simplesmente pararam de comprar e vender. (FF)



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