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IMPOSTO SINDICAL
STF adia julgamento e centrais podem ter repasse neste ano
JULIANNA SOFIA
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Sob pressão das centrais
sindicais, o STF (Supremo
Tribunal Federal) adiou ontem a conclusão do julgamento que deverá acabar
com o repasse do imposto
sindical para as entidades.
Não há previsão de quando o
assunto voltará ao plenário
do tribunal e isso pode assegurar às centrais o recebimento dos recursos pelo menos por mais este ano.
Ontem, antes do início da
sessão do STF, o presidente
da Força Sindical, deputado
Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), circulava pelo tribunal e
afirmou à Folha que o julgamento da ação de inconstitucionalidade seria adiado.
Após a sessão, o ministro
Eros Grau, responsável pelo
pedido de vista (mais tempo
para analisar o caso), disse
que "o assunto é muito complicado, tem de ser estudado
muito bem". Ele não disse
quando o tema entrará novamente na pauta do STF.
Nas últimas semanas, as
centrais se mobilizaram para
jogar a conclusão do caso pelo menos para abril. O maior
volume do imposto sindical
é recolhido pela Caixa Econômica Federal justamente
nesse mês e, se as atuais regras forem mantidas até lá,
as entidades poderiam assegurar o repasse do dinheiro
já recolhido dos trabalhadores neste ano.
A contribuição sindical
equivale a um dia de salário
do trabalhador e é descontada dos salários de março, cujo pagamento é feito no início de abril. O repasse para
as centrais foi de R$ 80,9 milhões no ano passado.
A ação de inconstitucionalidade foi levada ao STF pelo
DEM. A votação começou no
ano passado. Cinco ministros já votaram -três contra
o repasse do imposto para as
centrais e dois a favor.
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