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Emprego na
indústria cresce
1% em janeiro
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O emprego na indústria cresceu
1% em janeiro ante o mesmo mês
de 2002. Foi a terceira alta seguida
e a maior desde que o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) começou a realizar a
Pesquisa Industrial Mensal de
Emprego e Salário, em dezembro
de 2001.
Em relação a dezembro, o crescimento foi menor: 0,3%. Na taxa
com ajuste sazonal, que atenua
efeitos típicos de cada período, o
nível de emprego ficou praticamente estável: 0,1%.
Apesar da expansão da ocupação, a renda continua em queda.
A folha de pagamento da indústria -que mede indiretamente o
rendimento do trabalhador-
caiu 4,5% ante janeiro de 2002.
Segundo Isabela Nunes Pereira,
economista do IBGE, o principal
fator para a redução da folha de
pagamento foi a aceleração da inflação, que "está roubando os ganhos" do trabalhador. É que os
salários não são corrigidos com a
mesma velocidade com que sobem os preços.
Em São Paulo, as contratações
aumentaram 0,6%. Foi a primeira
taxa positiva na região metropolitana captada pela pesquisa. A folha de pagamento, porém, caiu
3,9% ante janeiro de 2002.
O resultado de São Paulo -que
representa cerca 40% da força de
trabalho da indústria- foi o
principal responsável pelo crescimento do emprego em janeiro.
O maior nível de ocupação pode
ser atribuído à produção da indústria, que cresce há oito meses
consecutivos. Em São Paulo, são
quatro meses de expansão.
Pereira afirmou, porém, que
ainda há incertezas que impedem
a conclusão de que haja reação
"mais consistente" do emprego,
como inflação e taxas de juro.
Das 14 áreas pesquisadas, em
nove o nível de ocupação cresceu.
Os melhores desempenhos ficaram com Santa Catarina (5,7%) e
a região Norte e Centro-Oeste
(3,6%). O Rio de Janeiro teve o
pior resultado: redução de 3,9%.
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