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COMBUSTÍVEL
Consumo menor e oferta maior reduzem preço no campo, diz Cepea; ANP constata alta de 0,40% ao consumidor
Álcool cai mais na usina, mas não no posto
MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO
O álcool voltou a cair nas usinas
paulistas, e com ritmo ainda
maior do que na semana anterior.
O preço do litro do hidratado, que
tinha recuado 1,01% na semana
passada, teve queda de 1,22% nesta. O produto, sem impostos e na
porta da usina, foi negociado, em
média, a R$ 1,21351.
O anidro (que é misturado à gasolina), que tinha ficado estável
na semana passada, também foi
comercializado com queda nesta
semana. O preço médio por litro
nas usinas foi de R$ 1,21492, com
redução de 0,41%.
Os dados foram coletados pelo
Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da
Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da Universidade de São Paulo.
Para o consumidor, no entanto,
o álcool vendido nos postos de todo o país teve alta de 0,40%, sendo
vendido em média a R$ 2,004, segundo a ANP (Agência Nacional
do Petróleo). Enquanto isso, o
preço do litro da gasolina teve recuo de 0,11%, para R$ 2,585.
Em São Paulo, o combustível ficou estável, com o litro sendo
vendido, em média, a R$ 1,79.
A queda no preço do álcool se
deve ao recuo da demanda interna, devido aos aumentos que o
produto teve, e à oferta maior por
parte das usinas -algumas estão
antecipando a safra, enquanto
outras colocam no mercado parte
dos estoques da safra anterior antes que o produto novo chegue e
derrube os preços ainda mais.
Os preços do álcool recuaram
nos últimos dias e devem se manter nessa direção, afirmaram ontem à Reuters alguns corretores.
Mais usinas de São Paulo entraram em operação, elevando o número de unidades em atividade
no centro-sul. As condições do
tempo estão permitindo que as
usinas comecem a moer dentro
do previsto ou, em alguns casos,
antes mesmo do cronograma. O
clima também favorece o desenvolvimento das lavouras.
Os preços internos do açúcar
também caem, segundo acompanhamento do Cepea. Ontem a saca foi negociada a R$ 49,80, com
recuo de 4% em relação aos preços da sexta-feira da semana passada. Foi a primeira vez, desde o
início de fevereiro, que a saca de
açúcar ficou abaixo de R$ 50.
Com a Reuters
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