São Paulo, sábado, 25 de março de 2006

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COMBUSTÍVEL

Consumo menor e oferta maior reduzem preço no campo, diz Cepea; ANP constata alta de 0,40% ao consumidor

Álcool cai mais na usina, mas não no posto

MAURO ZAFALON
DA REDAÇÃO

O álcool voltou a cair nas usinas paulistas, e com ritmo ainda maior do que na semana anterior. O preço do litro do hidratado, que tinha recuado 1,01% na semana passada, teve queda de 1,22% nesta. O produto, sem impostos e na porta da usina, foi negociado, em média, a R$ 1,21351.
O anidro (que é misturado à gasolina), que tinha ficado estável na semana passada, também foi comercializado com queda nesta semana. O preço médio por litro nas usinas foi de R$ 1,21492, com redução de 0,41%.
Os dados foram coletados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) da Universidade de São Paulo.
Para o consumidor, no entanto, o álcool vendido nos postos de todo o país teve alta de 0,40%, sendo vendido em média a R$ 2,004, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo). Enquanto isso, o preço do litro da gasolina teve recuo de 0,11%, para R$ 2,585.
Em São Paulo, o combustível ficou estável, com o litro sendo vendido, em média, a R$ 1,79.
A queda no preço do álcool se deve ao recuo da demanda interna, devido aos aumentos que o produto teve, e à oferta maior por parte das usinas -algumas estão antecipando a safra, enquanto outras colocam no mercado parte dos estoques da safra anterior antes que o produto novo chegue e derrube os preços ainda mais.
Os preços do álcool recuaram nos últimos dias e devem se manter nessa direção, afirmaram ontem à Reuters alguns corretores.
Mais usinas de São Paulo entraram em operação, elevando o número de unidades em atividade no centro-sul. As condições do tempo estão permitindo que as usinas comecem a moer dentro do previsto ou, em alguns casos, antes mesmo do cronograma. O clima também favorece o desenvolvimento das lavouras.
Os preços internos do açúcar também caem, segundo acompanhamento do Cepea. Ontem a saca foi negociada a R$ 49,80, com recuo de 4% em relação aos preços da sexta-feira da semana passada. Foi a primeira vez, desde o início de fevereiro, que a saca de açúcar ficou abaixo de R$ 50.


Com a Reuters

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