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OUTRO LADO
Empresas aéreas negam prática de cartelização
FABIANA FUTEMA
DA FOLHA ONLINE
A TAM e a Varig, as duas
maiores companhias aéreas
do país, negam que estejam
usando o compartilhamento
de vôos para formação de
um cartel.
Para o economista Luciano Coutinho, do banco Fator, que falou em nome das
empresas, a nota técnica divulgada pela Seae (Secretaria
de Acompanhamento Econômico), do Ministério da
Fazenda, não prevê a suspensão do "code-share".
"É apenas uma nota técnica, que não vincula nenhuma decisão", disse.
Em vez de suspender o
"code-share", a Varig e a
TAM querem apresentar ao
Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) estudos sobre a criação
de uma nova empresa. A nova empresa será responsável
pela ampliação do "code-share" entre as duas, que poderá chegar a 100% dos vôos.
Para Coutinho, houve um
"equívoco" da Seae ao recomendar o fim do compartilhamento. "O equívoco
aconteceu porque analisa o
caso como ato isolado de
concentração de mercado.
Não leva em consideração o
processo em si que resultou
na adoção do sistema."
Segundo o economista, o
compartilhamento de vôos
"foi essencial para resgatar o
setor aéreo, que se encontrava numa situação muito grave". "Não há cartel. O que
houve foi um acordo de racionalização da oferta [de assentos] e serviços, que evitou
que o setor aéreo entrasse
em colapso no ano de 2003.
Todo o setor foi beneficiado
e ganhou condições mínimas de sustentabilidade."
Defesa
O Ministério da Defesa informou que desconhece as
críticas da Fazenda com relação a medidas tomadas pelo DAC (Departamento de
Aviação Civil) e o Comando
da Aeronáutica. Segundo a
assessoria de imprensa, também não existe conflito sobre o conteúdo do parecer
da Seae e a posição da Defesa
sobre o "code-share".
A Defesa tem apoiado o
compartilhamento de vôos
entre a TAM e a Varig. Segundo a assessoria do ministro José Viegas (Defesa), o
ministério tem trabalhado
para a reestruturação do setor, não havendo discordância de metodologia com outros setores do governo.
Colaborou a Sucursal de Brasília
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