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CONSUMO
Setor registra em abril o 1º resultado positivo em 11 meses; crescimento em relação ao mesmo período de
2003 fica em 1,69%
Vendas em supermercados crescem 5,89%
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
As vendas dos supermercados
brasileiros aumentaram 1,69%
em abril em relação ao mesmo
mês de 2003 e 5,89% sobre março.
Trata-se do primeiro resultado
positivo nos últimos 11 meses.
O Índice Nacional de Vendas,
divulgado ontem pela Abras (Associação Brasileira dos Supermercados) em Porto Alegre, refere-se
a um desempenho "real", sendo
descontada a inflação (o IPCA). A
Abras não divulgou dados estratificados como o das classes sociais
que aumentaram o consumo ou o
dos itens mais consumidos.
Quanto à regionalização dos índices, o dado disponível é que, no
ranking de faturamento, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do
Sul estão na frente. A pesquisa foi
realizada em um total de 128 empresas, em todo o país.
No primeiro quadrimestre deste ano, o índice da Abras continua
mostrando queda, em termos
reais, de 1,33% em comparação
com o mesmo período de 2003.
Até março último, porém, o índice acumulado verificado pela
entidade era de uma queda em
2,38% -houve redução de um
ponto. Isso significa, segundo a
Abras, que a retração foi amenizada pelas vendas em abril. O presidente da Abras, João Carlos de
Oliveira, disse ter esperança de
que os dados signifiquem a retomada do crescimento, pelo menos no setor. Para ter essa opinião
consolidada, porém, Oliveira pretende esperar o comportamento
das vendas nos próximos meses.
Há, também, uma realidade diferente de abril em relação a março, que pode ter causado a melhora nas vendas. Durante a Páscoa,
no início de abril, muitos supermercadistas usaram a estratégia
de vender alguns produtos a prazo. Isso pode também ter influenciado na melhora do quadro.
O otimismo contido de Oliveira
atinge a indústria. "Segmentos da
indústria mostram expansão e,
como o varejo reage com algum
atraso, o desempenho de abril pode estar sinalizando o começo
dessa retomada", afirmou ele.
A respeito do comportamento
dos preços, Oliveira afirmou que
a tendência é de estabilização.
"Desde fevereiro, os preços estão
em queda ou estáveis. Não há
perspectivas para aumentos em
junho, devendo se manter o quadro atual", disse. Mas fez uma ressalva: "Esperamos uma acomodação do dólar em R$ 3. Caso isso
não ocorra, poderá haver influência nos preços futuros".
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