São Paulo, sexta-feira, 25 de junho de 2004

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Sem mínimo na pauta, Mantega acha que Congresso votará a PPP

DO ENVIADO A NOVA YORK

O ministro do Planejamento, Guido Mantega, afirmou que o projeto da PPP (Parceria Público-Privada) deve ser aprovado antes do início do recesso do Congresso Nacional, em julho.
Segundo Mantega, com a desobstrução da pauta do Congresso após a votação do salário-mínimo, a prioridade do governo agora é aprovar o projeto, por meio do qual o Brasil pretende atrair novos investimentos na área de infra-estrutura.
Mantega disse que, "até o final do ano, já teremos alguns projetos assinados na área. Já temos empresários interessados em setores específicos", sem especificar quais seriam essas áreas.
Durante seminário para investidores internacionais realizado anteontem em Nova York, uma das principais críticas ao governo brasileiro concentrou-se na demora em aprovar o projeto da PPP.
Os investidores criticaram também a lentidão na definição de regras em outras áreas, como no setor de energia elétrica.
"De fato, houve um congestionamento de projetos no Congresso. Estamos tentando resolver em um ano e meio o que o país não resolveu em dez anos", disse Mantega à Folha.
"Não estou interessado no curtíssimo prazo, mas em engatar um processo de ampliação permanente desses projetos", afirmou o ministro.
Há seis meses, antes da perspectiva de aprovação do projeto no Congresso, Mantega "vendeu" o projeto para investidores internacionais em uma reunião no BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Washington.
"É interessante que os empresário reclamem agora da demora, pois isso demonstra o interesse por esse instrumento", disse.
O ministro do Planejamento afirmou que o Brasil precisa de US$ 25 bilhões de investimentos em infra-estrutura ao ano para desbloquear gargalos na área.
A participação do setor público nesse total, afirmou, deve ser "muito pequena". A razão: falta de recursos.
Mesmo após a aprovação da lei, segundo o ministro, haverá "um longo caminho a percorrer" antes do início dos primeiros projetos. "A montagem de um contrato é muito complicada, e ele tem de estar pronto antes mesmo de se pensar em fazer a licitação", disse Mantega. (FCz)


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