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Sem mínimo na pauta, Mantega
acha que Congresso votará a PPP
DO ENVIADO A NOVA YORK
O ministro do Planejamento,
Guido Mantega, afirmou que o
projeto da PPP (Parceria Público-Privada) deve ser aprovado antes
do início do recesso do Congresso
Nacional, em julho.
Segundo Mantega, com a desobstrução da pauta do Congresso após a votação do salário-mínimo, a prioridade do governo agora é aprovar o projeto, por meio
do qual o Brasil pretende atrair
novos investimentos na área de
infra-estrutura.
Mantega disse que, "até o final
do ano, já teremos alguns projetos
assinados na área. Já temos empresários interessados em setores
específicos", sem especificar
quais seriam essas áreas.
Durante seminário para investidores internacionais realizado anteontem em Nova York, uma das
principais críticas ao governo brasileiro concentrou-se na demora
em aprovar o projeto da PPP.
Os investidores criticaram também a lentidão na definição de regras em outras áreas, como no setor de energia elétrica.
"De fato, houve um congestionamento de projetos no Congresso. Estamos tentando resolver em
um ano e meio o que o país não
resolveu em dez anos", disse
Mantega à Folha.
"Não estou interessado no curtíssimo prazo, mas em engatar
um processo de ampliação permanente desses projetos", afirmou o ministro.
Há seis meses, antes da perspectiva de aprovação do projeto no
Congresso, Mantega "vendeu" o
projeto para investidores internacionais em uma reunião no BID
(Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Washington.
"É interessante que os empresário reclamem agora da demora,
pois isso demonstra o interesse
por esse instrumento", disse.
O ministro do Planejamento
afirmou que o Brasil precisa de
US$ 25 bilhões de investimentos
em infra-estrutura ao ano para
desbloquear gargalos na área.
A participação do setor público
nesse total, afirmou, deve ser
"muito pequena". A razão: falta
de recursos.
Mesmo após a aprovação da lei,
segundo o ministro, haverá "um
longo caminho a percorrer" antes
do início dos primeiros projetos.
"A montagem de um contrato é
muito complicada, e ele tem de
estar pronto antes mesmo de se
pensar em fazer a licitação", disse
Mantega.
(FCz)
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