São Paulo, quarta-feira, 25 de junho de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

CUSTOS
Os custos de produção e a infra-estrutura são os grandes problemas no momento para a agricultura, segundo Edilson Guimarães, secretário de Política Agrícola do Ministério de Agricultura. "Vamos ver o que podemos fazer para melhorar essa questão", diz ele.

RECURSOS
O novo plano de safra, a ser divulgado no início do próximo mês, ainda não tem um volume de recursos definido. O governo trabalha com R$ 65 bilhões, "mas ainda estamos em busca desses recursos", diz Guimarães. O valor pode ser inferior, mas também pode superar esse patamar, acrescenta.

CENÁRIO MELHOR
Há uma melhora nas perspectivas do mercado de açúcar. A curva de preços é ascendente, diz Arnaldo Luiz Corrêa, da Archer Consulting. Nesta safra, as usinas fixaram preços em 11,5 centavos de dólar por libra-peso, na média, Na de 2009/10, devem conseguir 14 centavos.

FATORES
Corrêa diz que os fatores de recuperação são uma safra brasileira não tão grande como a prevista anteriormente, pequeno déficit de açúcar no mundo, possibilidade de a Rússia entrar no mercado e fretes internacionais 20% mais baratos nos últimos meses.

DIFICULDADES
As tradings participaram com 31,1% do crédito dos produtores na safra 2007/8. Na de 2008/9, a participação deverá ser de apenas 15,6%. Com isso, o produtor terá de elevar a utilização de capital próprio para 40,3%, contra 22,8% na safra 2007/8, diz André Pessoa, da Agroconsult.

BUSCA NA BOLSA
O mercado futuro de produtos agrícolas avança neste ano na BM&F. Analistas dizem que esse mercado deve se desenvolver ainda mais nos próximos anos devido à ampliação do agronegócio brasileiro e à procura de hedge (proteção) pelos segmentos envolvidos no setor.

PARANÁ PASSA
A alta dos fertilizantes -encarecidos ainda mais pelos transportes- deve fazer com que os produtores de Mato Grosso utilizem um volume desse insumo inferior ao do Paraná. A soja lidera o consumo no país, com 35% do total, seguida de milho (17%) e de cana-de-açúcar (15%). Os produtores de café utilizam 7%.

DESAQUECEU
Em alta desde abril, o preço da arroba de boi gordo caiu ontem para R$ 94 em São Paulo, segundo o Instituto FNP. Já a pesquisa da Folha indicou que os frigoríficos pagam, em média, R$ 92,30. O preço do suíno acompanhou o da carne bovina e caiu para R$ 60 por arroba.


Texto Anterior: Indicadores negativos dos EUA afetam mercados
Próximo Texto: Aumentam recursos para abono e seguro-desemprego
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.