São Paulo, quinta, 25 de junho de 1998

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VAREJO
Fabricantes temem calote em razão de pedido de concordata
Arapuã mantém dificuldades para a manutenção do estoque

RICARDO GRINBAUM
da Reportagem Local

Apenas 3 dos 17 fornecedores da Arapuã reunidos ontem na sede dos fabricantes de aparelhos eletrônicos, Eletros, dispuseram-se a normalizar a entrega de mercadorias para as lojas da rede.
Apenas a CCE, a Semp Toshiba e a Sharp se comprometeram a regularizar o fornecimento. Outros fabricantes estão temerosos em vender produtos a prazo para a Arapuã, que entrou com pedido de concordata preventiva na Justiça na segunda-feira.
Diante da relutância dos fornecedores, um diretor da Eletros fez um desafio: afirmou que, em um mês, todas as indústrias serão forçadas a rever sua posição devido à força da Arapuã, a maior rede de venda de eletrodomésticos do país, com 250 lojas.
Com o pedido de concordata, acabaram as negociações para a venda da rede para o empresário Ricardo Mansur, dono do Mappin. Mas, de acordo com fornecedores, Jorge Simeira Jacob, criador da rede, está procurando um sócio para injetar dinheiro na empresa.
Os fornecedores pretendem influenciar diretamente na administração. A maior preocupação dos industriais é como fazer a Arapuã dar lucros para honrar as dívidas, como prevê o pedido de concordata. Em 12 meses, a Arapuã tem de pagar 40% de seus débitos.



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