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GANÂNCIA INFECCIOSA
Bush manda O'Neill se ocupar mais da crise
MARCIO AITH
DE WASHINGTON
Criticado por viajar excessivamente ao exterior em meio a uma
das maiores crises corporativas
da história dos EUA, o secretário
do Tesouro, Paul O'Neill, adiou a
visita que faria na próxima semana ao Brasil, Uruguai e Argentina.
A pedido do presidente George
W. Bush, a viagem foi transferida
para os dias 5 a 7 de agosto.
Apesar de Bush mandar O'Neill
cancelar sua viagem, a Casa Branca anunciou ontem que o presidente Bush vai tirar férias em seu
rancho no Texas, mas que "continuará trabalhando duramente"
A assessoria de O'Neill informou que a mudança deveu-se a
negociações difíceis entre a Casa
Branca e o Congresso antes do
início do recesso legislativo de
agosto. O'Neill tem sido criticado
nos últimos dias por viagens supostamente desnecessárias - à
África e à Ásia Central- num
momento em que a economia real
dos EUA corre o risco de sofrer as
consequências dos escândalos
contábeis.
Bush queria que O'Neill o ajudasse a convencer a Câmara e o
Senado a encontrarem textos de
consenso para projetos sensíveis
como o que cria novas penas contra crimes corporativos e a TPA
(Autorização de Promoção Comercial, ou "Trade Promotion
Authority"), que autoriza o presidente a negociar acordos internacionais de comércio.
Minutos depois de O'Neill ter
mudado a data de sua viagem, Câmara e Senado chegaram a um
acordo com relação à nova lei de
crimes corporativos.
"O secretário decidiu adiar sua
visita por uma semana, uma vez
que o Congresso está em um momento crítico à medida em que
conclui os trabalhos sobre responsabilidade corporativa, TPA e
segurança doméstica três importantes componentes da agenda do
presidente para fortalecer nossa
recuperação", diz a nota
A viagem de O'Neill à América
do Sul, sua primeira como secretário, ocorrerá num momento em
que a região é atingida por colapsos como o da Argentina e crises
como as do Brasil e do Uruguai.
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