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Cai liminar contra fusão Varig-TAM
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente interino do STJ
(Superior Tribunal de Justiça),
ministro Edson Vidigal, cassou a
liminar que impedia a fusão da
Varig com a TAM e concentrou as
decisões sobre o assunto na 2ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro,
o que acaba com a chamada guerra de liminares.
A liminar havia sido concedida
pela Justiça de Paripueira, em
Alagoas. A sua cassação foi pedida pela diretoria da Varig favorável à fusão, que alegou a necessidade de uma só vara para exame
da causa.
A assessoria do STJ informou
que Vidigal escolheu a Justiça do
Rio porque foi lá que surgiu a primeira decisão sobre o caso. A centralização de batalhas judiciais em
uma vara é frequente e ocorreu
recentemente no caso do reajuste
das tarifas telefônicas.
O presidente interino do STJ
cassou a liminar do juiz Josenir
Pereira de Souza, de Paripueira
(AL), que tinha afastado membros do conselho da Fundação
Ruben Berta (dona da Varig) favoráveis à fusão. O afastamento
havia inviabilizado a união porque eles foram substituídos por
executivos contrários à união.
A diretoria favorável à fusão
com a TAM justificou ao STJ a urgência de uma decisão: "A Varig
está fadada à paralisação, à extinção abrupta de suas atividades,
sendo a fusão sua alternativa, tanto por torná-la novamente competitiva quanto por ser a única
concretamente existente, sendo,
ademais, condição "sine qua non"
para o urgente aporte de recursos
pelo BNDES, o qual lhe dará uma
sobrevida até a concretização da
fusão".
A fundação fará no dia 2 de
agosto uma assembléia para
aprovar ou não a fusão.
Situação no STF
Em outra frente dessa batalha
judicial, o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Maurício Corrêa, pediu informações ao presidente Lula decidir
se concede ou não liminar para
afastar o risco de intervenção federal na empresa.
O grupo que havia assumido a
direção da Varig e é contrário à
fusão entrou com um mandado
de segurança. Ele sustenta que o
governo estaria cogitando a intervenção apenas para coagi-los a
executar a fusão. Corrêa considerou "imprescindível" ouvir o governo federal.
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