São Paulo, sexta-feira, 25 de julho de 2008

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Para Argentina, existe pouca transparência

DE GENEBRA

Argentina e outros sete países excluídos das negociações se queixaram ontem ao diretor-geral da OMC, Pascal Lamy, da "falta de transparência" do processo, sobretudo depois que as discussões foram centradas em 7 de seus 153 membros. A ministra do Comércio da Indonésia, Mari Elka Pangestu, disse que se sentia "num quarto escuro".
"Uma negociação tão complexa, com 300 pendências, não pode ser reservada a um grupo tão pequeno", disse à Folha Néstor Stancanelli, um dos principais negociadores da Argentina, que brincou ao ser indagado se as discussões haviam reduzido o número de pendências. "Sim, estamos em 298".
O protesto, liderado pela Suíça, foi realizado em assembléia com os 153 membros da OMC. A ministra do Comércio da Suíça, Doris Leuthard, foi uma das mais enfáticas. "O senhor colocou muitos de nós na sala de espera, o que criou problemas políticos domésticos", disse. Leuthard e outros questionaram a formação do G6+1 -Brasil, Índia, Austrália, UE, Japão, EUA e China-, grupo convocado por Lamy, depois que reuniões com 35 países não geraram avanços. (MN)


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