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OUTRO LADO
Contrato foi bom para a Telesp, sustenta defesa
DA SUCURSAL DO RIO
Embora a Telefônica e a Portugal Telecom tenham se recusado a falar sobre o inquérito,
antes do julgamento, a Folha
teve acesso às linhas básicas da
defesa que os dois grupos apresentaram à CVM.
O argumento principal é que
o contrato com a Atento seguiu
as cláusulas de negociações similares da Telesp com outras
empresas de telemarketing.
Com isso, não teria havido privilégio para a empresa do acionista controlador.
Outro argumento é que a terceirização do atendimento aos
assinantes teria auxiliado a Telesp a antecipar suas metas de
expansão e, com isso, obter licenças para explorar os serviços de chamadas de longa distância e expandir suas atividades para outros Estados.
O grupo Telefônica contratou uma consultoria para comparar as condições negociadas
com a Atento às estabelecidas
em outros contratos de serviços similares. O trabalho faz
parte da defesa.
Há dois argumentos contra a
acusação de que a empresa teria violado o estatuto por não
submeter o contrato à aprovação dos demais acionistas.
O primeiro é no sentido de
inocentar os integrantes do
conselho de administração,
que têm a responsabilidade de
convocar as assembléias de
acionistas. Os advogados alegam que o conselho não convocou a assembléia porque os
executivos não submeteram a
negociação aos conselheiros.
O segundo procura preservar
os executivos. A alegação é que
o estatuto da Telesp determina
que sejam submetidos à assembléia contratos de longo prazo
que não tenham cláusulas uniformes. O contrato da Atento
seria de curto prazo e com modelo padrão de mercado.
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