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PREÇOS
Índice em julho ficou em 0,93%
Alimentos desaceleram, e IPCA-15 cai para 0,79%
IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE, NO RIO
A desaceleração dos preços dos
alimentos e do vestuário e o fim
da pressão da gasolina compensaram parcialmente os aumentos
das tarifas públicas e ajudaram o
IPCA-15 (Índice de Preços ao
Consumidor Amplo-15) a recuar
para 0,79% em agosto, após ter
atingido 0,93% em julho -maior
variação do ano. Os dados foram
divulgados ontem pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística).
O indicador, medido de 14 de
julho a 12 de agosto, revela tendência de queda também do IPCA, utilizado no sistema de metas
de inflação adotado pelo governo.
A meta para este ano é um índice
de 5,5%, admitindo-se uma variação de 2,5 pontos percentuais, para cima ou para baixo.
A gasolina teve aumento de
0,28% em agosto, depois de subir
5,64% no mês anterior, por causa
do reajuste de 10,8% do combustível nas distribuidoras, anunciado em junho.
Já a alta dos alimentos caiu de
0,91% no IPCA-15 de julho para
0,58%, com destaque para a queda dos preços de derivados de soja, como o óleo (-2,56%).
Com as liquidações para queima de estoque de inverno, a alta
dos artigos de vestuário diminuiu
para 0,50% em agosto, menos da
metade da taxa verificada no mês
anterior.
Outro fator que contribuiu para
a redução da inflação no período
foi a desaceleração no ritmo de alta dos automóveis novos -de
0,85% para 0,27%-, em razão
das promoções nas vendas.
Tarifas em alta
Por outro lado, a energia elétrica
teve aumento de 3,58%, devido ao
reajuste médio de 14% nas contas
de luz em São Paulo. O serviço de
telefonia fixa subiu 3,55%.
Houve pressão também das tarifas de ônibus urbanos, que saíram de uma queda de 0,14% para
um aumento de 1,22% no período
da pesquisa, devido ao reajuste de
6,66% ocorrido no Rio em julho.
No ano, o IPCA-15 acumula alta
de 5,12%. Em 12 meses, a variação
acumulada é de 7,09%.
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