São Paulo, quarta-feira, 25 de agosto de 2004

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PREÇOS

Índice em julho ficou em 0,93%

Alimentos desaceleram, e IPCA-15 cai para 0,79%

IVONE PORTES
DA FOLHA ONLINE, NO RIO

A desaceleração dos preços dos alimentos e do vestuário e o fim da pressão da gasolina compensaram parcialmente os aumentos das tarifas públicas e ajudaram o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15) a recuar para 0,79% em agosto, após ter atingido 0,93% em julho -maior variação do ano. Os dados foram divulgados ontem pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O indicador, medido de 14 de julho a 12 de agosto, revela tendência de queda também do IPCA, utilizado no sistema de metas de inflação adotado pelo governo. A meta para este ano é um índice de 5,5%, admitindo-se uma variação de 2,5 pontos percentuais, para cima ou para baixo.
A gasolina teve aumento de 0,28% em agosto, depois de subir 5,64% no mês anterior, por causa do reajuste de 10,8% do combustível nas distribuidoras, anunciado em junho.
Já a alta dos alimentos caiu de 0,91% no IPCA-15 de julho para 0,58%, com destaque para a queda dos preços de derivados de soja, como o óleo (-2,56%).
Com as liquidações para queima de estoque de inverno, a alta dos artigos de vestuário diminuiu para 0,50% em agosto, menos da metade da taxa verificada no mês anterior.
Outro fator que contribuiu para a redução da inflação no período foi a desaceleração no ritmo de alta dos automóveis novos -de 0,85% para 0,27%-, em razão das promoções nas vendas.

Tarifas em alta
Por outro lado, a energia elétrica teve aumento de 3,58%, devido ao reajuste médio de 14% nas contas de luz em São Paulo. O serviço de telefonia fixa subiu 3,55%.
Houve pressão também das tarifas de ônibus urbanos, que saíram de uma queda de 0,14% para um aumento de 1,22% no período da pesquisa, devido ao reajuste de 6,66% ocorrido no Rio em julho.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 5,12%. Em 12 meses, a variação acumulada é de 7,09%.


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