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Receita para o
Simples poderá
ser aumentada
ANDRÉ SOLIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério do Desenvolvimento pressiona a Fazenda a reajustar os limites de faturamento
das empresas que podem se beneficiar do Simples, sistema de arrecadação de impostos com alíquotas mais baixas para micro e pequenas empresas. A medida reduziria, pelo menos num primeiro
momento, a arrecadação.
"Nós defendemos [o reajuste
dos limites de faturamento para o
Simples]", disse o ministro Luiz
Fernando Furlan, ao ouvir reclamações do diretor presidente da
ABF (Associação Brasileira de
Franchising), Gerson Keila, durante evento, ontem, em Brasília.
Em março deste ano, o presidente Lula e Furlan assinaram decreto que reajustou em quase 80%
o faturamento máximo das empresas que são consideradas pequenas, para efeitos do Estatuto
das MPE (Micro e Pequenas Empresas). A mudança não alterou
esses limites dentro do Simples.
Antes do reajuste, as que faturavam mais de R$ 1,2 milhão por
ano não eram consideradas pequenas. Com o decreto, o limite
passou para R$ 2,1 milhões. Para
as micro, o limite passou de R$
244 mil para R$ 433,8 mil.
Dentro do Simples, criado em
1996 e até hoje inalterado, só podem se beneficiar do sistema as
empresas que faturam, por ano,
até R$ 1,2 milhão. As microempresas, que têm tratamento ainda
mais favorável, podem ter receitas
de no máximo R$ 120 mil por ano.
O governo deve enviar no mês
que vem ao Congresso um projeto de lei que prevê a isenção de tributos federais a todas as microempresas com arrecadação
anual de até R$ 36 mil. O objetivo
é tirá-las da informalidade, para
que, em seguida, possam assinar a
carteira de seus funcionários.
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