São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 2005

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BARRIL DE PÓLVORA

Cotação atinge novo recorde durante o pregão; tempestade tropical e queda dos estoques nos EUA preocupam

Petróleo sobe a US$ 67,40 em Nova York

DA REDAÇÃO

O preço do petróleo subiu 2,5% ontem em Nova York e bateu mais um recorde nominal no fechamento, de US$ 67,32, após chegar a ser cotado a US$ 67,40 durante o dia. O mercado ficou preocupado com mais uma tempestade tropical que está se formando no Caribe e que poderia vir a danificar plataformas norte-americanas. Outro fator foi uma queda inesperada nos estoques de gasolina.
A notícia de que o Parlamento do Irã rejeitou o ministro do Petróleo escolhido pelo novo presidente aumentou a preocupação com a possibilidade de que a política de petróleo do país tenha mudanças. O Irã é o segundo maior produtor de petróleo da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
Na Bolsa de Londres, o barril do tipo Brent fechou cotado a US$ 66,01 ontem, alta de 2,1%.
O mercado estava atento também à tempestade Katrina, que está se fortalecendo nas Bahamas e pode chegar à Flórida e ao golfo do México, onde é produzido um quarto do petróleo americano.
Os estoques de gasolina nos Estados Unidos caíram quase 2%, ou 3,2 milhões de barris, na semana passada, em uma época em que existe grande demanda por combustível no país.
Já os estoques de petróleo subiram em 1,8 milhão de barris na semana passada, mais do que o esperado por analistas.

Arábia Saudita
O governo da Arábia Saudita disse ontem que o país produziria quanto petróleo fosse necessário para acalmar o mercado, mas a declaração não conseguiu derrubar o preço do combustível.
Os investidores têm se preocupado recentemente com interrupções na oferta, como as que aconteceram no Iraque e no Equador nos últimos dias. O medo é que, no caso de um problema sério, não haja petróleo suficiente, já que a capacidade excedente é muito pequena.
Outro fator que o mercado observa com atenção é a capacidade de refino, principalmente nos Estados Unidos.
Muitas refinarias já operam no limite, e os investimentos em novas instalações são considerados insuficientes para acompanhar o crescimento da demanda por combustíveis destilados, como gasolina e diesel.


Com agências internacionais


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