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Paranaense evitou
falência ao usar
descentralização
DO COLUNISTA DA FOLHA
Uma das poucas empresas
no Brasil que adotam o modelo
descentralizado de gestão é a
paranaense Nutrimental, fabricante de produtos com alto valor nutricional. A empresa quase quebrou em meados dos
anos 90 e só conseguiu se salvar, em 1997, quando adotou
um modelo chamado de "investigação apreciativa", uma
ferramenta na qual as decisões
da companhia são discutidas
pelas próprias pessoas que trabalham na organização.
Fundador da Nutrimental e
atual presidente da Federação
das Indústrias do Estado do Paraná, Rodrigo Rocha Loures
adotou o modelo ao tomar conhecimento dele durante um
curso que fez nos Estados Unidos com o professor David
Cooperrider, da Case University, em Cleveland. Na época,
Loures tinha poucas esperanças de salvar a empresa.
A salvação foi o novo método. Loures reuniu todos os 700
funcionários para discutir medidas que poderiam recuperar
a empresa. Decidiu-se apostar
em novos produtos, entre outras medidas.
Os resultados não demoraram. De um faturamento de
R$ 70 milhões, a empresa saltou para R$ 120 milhões. As dívidas foram zeradas, e o resultado operacional subiu de pouco menos de R$ 3 milhões para
mais de R$ 20 milhões.
(GB)
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