|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Setor naval tem
repasses, mas
aguarda regras
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de a regulamentação
do FMM (Fundo Nacional de
Marinha Mercante) não ter
atingido as demandas do mercado de construção naval, os
desembolsos têm aumentado.
Foram de R$ 186,6 milhões em
2000 e passaram para R$ 614,7
milhões em 2003.
"Na década de 90 praticamente não houve desembolso.
Agora, estamos retomando. A
meta é que o saldo do fundo fique muito próximo de zero,
para que o dinheiro seja usado", diz Sérgio Hermes Martello Bacci, secretário de Fomento para Ações de Transporte do
Ministério dos Transportes.
O mercado, no entanto, continua cético com relação ao uso
mais agressivo dos recursos do
Fundo Nacional de Marinha
Mercante. O ceticismo acontece porque as ferramentas criadas pelo governo para possibilitar o aumento do uso dos recursos ainda não existem
-dependem ainda de negociações a serem realizadas com
seguradoras e bancos (para a
carta de fiança que proporcionará a liberação dos recursos
no BNDES).
Uso dos recursos
"A carta de fiança é fundamental. Sem ela, o uso dos recursos do Fundo Nacional de
Marinha Mercante não deslanchará", avalia Cláudio Décourt,
vice-presidente-executivo do
Syndarma (Sindicato Nacional
das Empresas de Navegação
Marítima).
Décourt lamenta que não tenha sido aprovada a proposta
do setor de ter sido criado um
fundo de aval. "Isso atrasou os
projetos", afirma.
O vice-presidente-executivo
do Syndarma explicou que, da
forma como o governo regulamentou o uso dos recursos do
FMM, o dinheiro pode ser usado de duas formas. A primeira
é para subsidiar um seguro de
performance, que irá garantir
que a obra seja concluída caso
o estaleiro não tenha mais recursos. E a segunda, para subsidiar a obtenção de uma carta
de fiança, que será usada para
que o BNDES libere o dinheiro.
Texto Anterior: Infra-estrutura: Verba de R$ 5,2 bi vai para superávit Próximo Texto: Opinião econômica - Luiz Carlos Bresser-Pereira: Juros, as ameaças e a oportunidade Índice
|