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IMPOSTOS
Simulação mostra ganhos com redução do IR
Mudança em 2005 exigirá escolha entre mobilidade e benefício fiscal
FREE-LANCE PARA A FOLHA
Uma simulação feita pela Global Invest, consultoria financeira
sediada em Curitiba, mostra que
o investidor terá de optar entre a
mobilidade e o ganho fiscal ao fazer aplicações financeiras a partir
do ano que vem.
A simulação considera as mudanças em vigor desde 1º de outubro deste ano, como a isenção de
CPMF na movimentação na conta-investimento, e, a partir de 1º
de janeiro de 2005, a vigência da
nova tabela do Imposto de Renda
sobre os rendimentos, que passará de mensal para semestral.
A nova tributação estabelece alíquotas de 22,5% para resgate até
seis meses após a aplicação, 20%
para resgate de seis a 12 meses,
17,5% sobre resgate feito entre 12
e 24 meses e 15% para quem mantiver seu investimento intocado
por mais de 24 meses. Os cálculos
mostram vantagens para quem
investir a longo prazo.
A simulação foi feita em quatro
situações diferentes, com um capital de R$ 20 mil aplicado após 1º
de janeiro de 2005, presunção de
rentabilidade de 1,22% ao mês e
investimento em fundos com carteira de títulos superior a 365 dias.
No primeiro caso, o investidor
paga CPMF e saca antes de se
completarem seis meses da aplicação. Com a tributação atual, de
20% ao mês -o "come-cotas"
mensal-, ele teria no final do semestre R$ 21.119,90. Com a aplicação do "come-cotas" semestral à
alíquota de 22,5%, o investidor terá R$ 21.089,63. Estará perdendo
no semestre, com a nova tributação, R$ 30,26.
Na segunda simulação, o investidor também paga CPMF e tem o
benefício da cobrança do IR semestral, com alíquota de 20%.
Nesse caso, ele terá uma diferença
positiva de retorno de R$ 15,54, se
sacar no último prazo -entre
seis meses e um ano da aplicação.
Seu saldo, então, será de R$
22.402,79, contra os R$ 22.387,25
que lhe restariam com o atual sistema de tributação.
A terceira simulação considera
o saque após 18 meses e antes do
24º mês, com alíquota de 17,5% e
cobrança do IR semestral, apontando um ganho de R$ 151,74 em
relação às alíquotas atuais. Nesse
caso, a indicação é de que, em vez
de R$ 23.730,66, o investidor terá
R$ 23.882,40 ao final do período
de 18 meses.
Fica como está
A quarta simulação, para saque
após 24 meses, aponta um ganho
de R$ 395,41 em relação a investimento pelo mesmo período no
regime atual. Nesse caso, beneficiado por uma alíquota de 15%, o
investidor deverá ter um saldo de
R$ 25.550,08 após dois anos, com
a mesma aplicação de R$ 20 mil,
contra um resultado de R$
25.154,58 que teria sob o regime
tributário atual.
Segundo Gustavo Traub, responsável pela gestão de carteiras
da Global Invest, a mudança na
tributação deve estimular as aplicações de mais longo prazo. "A
perspectiva de ganho maior com
prazo mais longo deve levar o investidor a evitar mudanças na
aplicação por medo da maior incidência do IR", diz Traub.
(LMC)
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