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São Paulo, terça-feira, 25 de novembro de 2003

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Compra de ações da Valepar é de novo defendida

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do BNDES, Carlos Lessa, disse ontem que o banco aplicou R$ 1,5 bilhão para comprar 8,5% das ações da Valepar (10,4% do capital votante), controladora da Vale do Rio Doce, para evitar que a empresa viesse a se tornar "uma empresa nipo-brasileira".
Tal fato poderia ocorrer, afirmou, se a japonesa Mitsui comprasse a participação do Investvale (clube de investimentos dos empregados da Vale) no capital da Valepar. A Mitsui, que detém 18,2% do capital votante da Valepar, passaria a ter mais de 25% e iria adquirir poder de veto no conselho de administração da Valepar.
Lessa disse que a Vale "é chave para o domínio da siderurgia mundial a longo prazo". Ele afirmou ainda que fez "um negócio impecável para os interesses brasileiros", inclusive no preço pago pelas ações. Segundo Lessa, o BNDES pagou ágio de 3,5% sobre o preço de mercado das ações da Vale, enquanto a Mitsui, menos de dois meses antes, pagou 26%.
Lessa disse que, no Conselho da Valepar, o BNDES votará contra a venda da participação da Vale na CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) e também que é contra a associação que a mineradora está fazendo com a norte-americana Nucor para produzir ferro-gusa em Carajás (Pará). (CS)


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