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Compra de ações da Valepar é de novo defendida
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do BNDES,
Carlos Lessa, disse ontem que o
banco aplicou R$ 1,5 bilhão para comprar 8,5% das ações da
Valepar (10,4% do capital votante), controladora da Vale do
Rio Doce, para evitar que a empresa viesse a se tornar "uma
empresa nipo-brasileira".
Tal fato poderia ocorrer, afirmou, se a japonesa Mitsui comprasse a participação do Investvale (clube de investimentos
dos empregados da Vale) no
capital da Valepar. A Mitsui,
que detém 18,2% do capital votante da Valepar, passaria a ter
mais de 25% e iria adquirir poder de veto no conselho de administração da Valepar.
Lessa disse que a Vale "é chave para o domínio da siderurgia mundial a longo prazo". Ele
afirmou ainda que fez "um negócio impecável para os interesses brasileiros", inclusive no
preço pago pelas ações. Segundo Lessa, o BNDES pagou ágio
de 3,5% sobre o preço de mercado das ações da Vale, enquanto a Mitsui, menos de dois
meses antes, pagou 26%.
Lessa disse que, no Conselho
da Valepar, o BNDES votará
contra a venda da participação
da Vale na CST (Companhia
Siderúrgica de Tubarão) e também que é contra a associação
que a mineradora está fazendo
com a norte-americana Nucor
para produzir ferro-gusa em
Carajás (Pará).
(CS)
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