São Paulo, sábado, 25 de novembro de 2006

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Euro passa de US$ 1,30 pela 1ª vez em 19 meses

Moeda ganhou com a expectativa de que o Fed vá cortar os juros em 2007

Dólar também foi prejudicado pelo bom resultado da confiança dos empresários na Alemanha, que foi o melhor em 15 anos


DA BLOOMBERG

O dólar caiu para seu menor nível em 19 meses em relação ao euro, pressionado por especulações de que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central dos EUA) vá baixar as taxas de juros no início do ano que vem, num momento em que os bancos centrais europeus promovem o seu aumento.
A moeda norte-americana ampliou ontem sua depreciação após ter rompido a barreira de US$ 1,30 por euro pela primeira vez desde abril de 2005.
O US$ 1,30 era o nível para o qual os operadores haviam encaminhado ordens automáticas de venda do dólar. Os operadores emitem ordens automáticas, conhecidas como "stop-losses" (para deter os prejuízos), para patamares pré-programados, a fim de vender a moeda quando ela ultrapassa determinados níveis referenciais, como o de US$ 1,30.
O BCE (Banco Central Europeu) elevou suas taxas para o maior patamar em quatro anos e seu presidente, Jean-Claude Trichet, disse nesta semana que a inflação continua a ser uma ameaça. O Fed vem mantendo os juros inalterados desde agosto.
Com a alta dos juros na zona do euro, os investimentos lá se tornam mais atraentes, e por isso a moeda tende a subir.
O euro também subiu ontem por conta do resultado da confiança dos empresários da Alemanha, que subiu ao maior nível em 15 anos.
"O rompimento da barreira de US$ 1,30 por euro é um eloqüente sinal de que o dólar tem de se desvalorizar", disse Carsten Fritsch, estrategista do Commerzbank. "O sentimento com relação ao dólar é negativo. Na zona do euro, o crescimento continuará sólido."
O euro fechou ontem a US$ 1,3092 em Londres, em alta de 1,1%. A libra esterlina fechou a US$ 1,9319 em relação ao dólar, em Nova York -sua maior cotação em quase dois anos.
Os negócios de ontem foram inferiores ao normal, após feriados na quinta nos Estados Unidos e no Japão. O volume menor de negócios pode dar mais volatilidade ao mercado.


Com a Redação

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