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Euro passa de US$ 1,30 pela 1ª vez em 19 meses
Moeda ganhou com a expectativa de que o Fed vá cortar os juros em 2007
Dólar também foi prejudicado pelo bom resultado da confiança dos empresários na Alemanha, que foi o melhor em 15 anos
DA BLOOMBERG
O dólar caiu para seu menor
nível em 19 meses em relação
ao euro, pressionado por especulações de que o Fed (Federal
Reserve, o Banco Central dos
EUA) vá baixar as taxas de juros
no início do ano que vem, num
momento em que os bancos
centrais europeus promovem o
seu aumento.
A moeda norte-americana
ampliou ontem sua depreciação após ter rompido a barreira
de US$ 1,30 por euro pela primeira vez desde abril de 2005.
O US$ 1,30 era o nível para o
qual os operadores haviam encaminhado ordens automáticas de venda do dólar. Os operadores emitem ordens automáticas, conhecidas como
"stop-losses" (para deter os
prejuízos), para patamares pré-programados, a fim de vender a
moeda quando ela ultrapassa
determinados níveis referenciais, como o de US$ 1,30.
O BCE (Banco Central Europeu) elevou suas taxas para o
maior patamar em quatro anos
e seu presidente, Jean-Claude
Trichet, disse nesta semana
que a inflação continua a ser
uma ameaça. O Fed vem mantendo os juros inalterados desde agosto.
Com a alta dos juros na zona
do euro, os investimentos lá se
tornam mais atraentes, e por isso a moeda tende a subir.
O euro também subiu ontem
por conta do resultado da confiança dos empresários da Alemanha, que subiu ao maior nível em 15 anos.
"O rompimento da barreira
de US$ 1,30 por euro é um eloqüente sinal de que o dólar tem
de se desvalorizar", disse Carsten Fritsch, estrategista do
Commerzbank. "O sentimento
com relação ao dólar é negativo. Na zona do euro, o crescimento continuará sólido."
O euro fechou ontem a
US$ 1,3092 em Londres, em alta de 1,1%. A libra esterlina fechou a US$ 1,9319 em relação
ao dólar, em Nova York -sua
maior cotação em quase dois
anos.
Os negócios de ontem foram
inferiores ao normal, após feriados na quinta nos Estados
Unidos e no Japão. O volume
menor de negócios pode dar
mais volatilidade ao mercado.
Com a Redação
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