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São Paulo, quinta-feira, 25 de dezembro de 2003

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Ação de redes de fast food é a 1ª vítima

CÍNTIA CARDOSO
DE NOVA YORK

O mal da vaca louca já fez a sua primeira vítima nos EUA: o preço das ações das redes de fast food que têm hambúrguer e carne bovina como a principal atração do cardápio.
O anúncio do primeiro caso da doença no país causou um impacto negativo na Bolsa de Nova York e no mercado futuro de gado, em Chicago.
Em Nova York, as ações do McDonald's, gigante do segmento de fast food, caíram 5,22% e fecharam do dia cotadas a US$ 23,96.
Outra famosa rede de hambúrguer, a Wendy's, registrou queda de 4,72%, encerrando com a cotação de US$ 37,79. Por causa do Natal, o pregão de ontem fechou às 13h (16h em Brasília). Em Chicago, a cotação do mercado futuro para gado vivo, em janeiro, recuou para US$ 0,89 por libra.
Para analistas, o recuo no preço das ações dessas empresas pode durar até o final de janeiro. O desempenho delas, porém, está atrelado ao eventual surgimento de novos casos da doença no país.
Num país onde hambúrguer e churrasco são símbolos nacionais, a fuga dos consumidores pode ter um impacto devastador. Para tentar conter os ânimos dos acionistas e clientes, o McDonald's e o Wendy's divulgaram notas nas quais afirmam que os suprimentos de carne usados pelas redes são seguros. "A fazenda produtora em questão não tem nenhuma conexão com fornecedores do McDonald's", diz um trecho.
Em Wall Street, há quem veja na situação adversa uma oportunidade para lucros. Alguns corretores recomendam que investidores aproveitem para comprar ações desses restaurantes, apostando que, após a resolução do problema da vaca louca nos EUA, o preço desses papéis deve voltar a subir.
Para David Palmer, do banco UBS, a suspensão de importações de carne americana anunciada por alguns países elevará o volume do produto no mercado interno e fazer os preços caírem. Essa situação pode beneficiar as redes a longo prazo.


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