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Ação de redes
de fast food
é a 1ª vítima
CÍNTIA CARDOSO
DE NOVA YORK
O mal da vaca louca já fez a
sua primeira vítima nos EUA: o
preço das ações das redes de
fast food que têm hambúrguer
e carne bovina como a principal atração do cardápio.
O anúncio do primeiro caso
da doença no país causou um
impacto negativo na Bolsa de
Nova York e no mercado futuro de gado, em Chicago.
Em Nova York, as ações do
McDonald's, gigante do segmento de fast food, caíram
5,22% e fecharam do dia cotadas a US$ 23,96.
Outra famosa rede de hambúrguer, a Wendy's, registrou
queda de 4,72%, encerrando
com a cotação de US$ 37,79.
Por causa do Natal, o pregão de
ontem fechou às 13h (16h em
Brasília). Em Chicago, a cotação do mercado futuro para gado vivo, em janeiro, recuou para US$ 0,89 por libra.
Para analistas, o recuo no
preço das ações dessas empresas pode durar até o final de janeiro. O desempenho delas,
porém, está atrelado ao eventual surgimento de novos casos
da doença no país.
Num país onde hambúrguer
e churrasco são símbolos nacionais, a fuga dos consumidores pode ter um impacto devastador. Para tentar conter os
ânimos dos acionistas e clientes, o McDonald's e o Wendy's
divulgaram notas nas quais
afirmam que os suprimentos
de carne usados pelas redes são
seguros. "A fazenda produtora
em questão não tem nenhuma
conexão com fornecedores do
McDonald's", diz um trecho.
Em Wall Street, há quem veja
na situação adversa uma oportunidade para lucros. Alguns
corretores recomendam que
investidores aproveitem para
comprar ações desses restaurantes, apostando que, após a
resolução do problema da vaca
louca nos EUA, o preço desses
papéis deve voltar a subir.
Para David Palmer, do banco
UBS, a suspensão de importações de carne americana anunciada por alguns países elevará
o volume do produto no mercado interno e fazer os preços
caírem. Essa situação pode beneficiar as redes a longo prazo.
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