São Paulo, sábado, 26 de janeiro de 2008

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Brasileiro presidente da Renault se diz "relativamente otimista" com o país

DA ENVIADA ESPECIAL A DAVOS

Carlos Ghosn, presidente da Renault e da Nissan, engrossa o coro dos "relativamente otimistas com Brasil", como o executivo se definiu, apesar da crise nos mercados.
Ghosn participou ontem de um painel no Fórum Econômico Mundial em Davos.
"O Brasil não é motivo de preocupação para ninguém. Só os Estados Unidos", disse o executivo.
A provável recessão deverá afetar as vendas de carros com diferente intensidade de um país para outro. "Os Estados Unidos, parte da Europa, e Japão vão sofrer, mas as vendas em países como Brasil, México e do Oriente continuarão a crescer. A correção está acontecendo agora, mas não será longa", disse.
Para o setor automotivo, o problema será maior nos mercados mais próximos do foco recessivo, segundo ele.
"A crise não será tão grande [quanto outras]. O ano não será tão bom quanto o passado, quando a indústria automotiva brasileira cresceu 25%. Quanto a menos, não sei. Mas vai crescer."
"Nas outras crises passadas, foi diferente, agora a reação será mais sadia. Todos vão olhar para a frente. Não demora a passar. É difícil dizer quando, talvez, em 2009."
A Renault, segundo ele, não tem uma previsão recente, mas, como muitos modelos de carros chegarão ao mercado em 2008, isso deve amenizar a desaceleração no crescimento das vendas. Ghosn disse que planos de investimentos das fábricas não foram alterados.
Quanto à tese do "decoupling", descasamento do mercado brasileiro do americano, Ghosn afirma que há "um certo decoupling""
Carros elétricos devem ir para o mercado em 2011. "São para serem usados em cidades, como São paulo, Londres, Paris, mesmo cidades pequenas." (MCF)


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