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AVIAÇÃO
Executivos das empresas planejam para os próximos meses o compartilhamento nas rotas para Miami, Paris e Lima
Vôos internacionais são o próximo passo Varig-TAM
LÁSZLÓ VARGA
DA REPORTAGEM LOCAL
O compartilhamento de vôos
internacionais será o segundo
grande passo do acordo firmado
entre a Varig e a TAM.
A Folha apurou ontem que executivos das duas empresas reuniram-se na tarde de segunda-feira
para planejar a divisão de assentos em três destinos para o exterior: Miami (Estados Unidos), Paris (França) e Lima (Peru). O
compartilhamento nessas rotas
deve ocorrer em menos de três
meses.
Um desses executivos disse à
Folha que o tráfego internacional
passou agora a ser uma das prioridades da Varig-TAM. A Varig
realiza atualmente, por exemplo,
11 vôos semanais para Miami,
sendo 7 partindo de São Paulo, 3
do Rio de Janeiro e 1 de Belém.
A TAM, por sua vez, faz 7 vôos
semanais para o mesmo destino.
As duas empresas querem melhorar a eficiência, e parte dos 18 vôos
que fazem hoje pode ser eliminada, reduzindo os custos.
Paris pode sofrer o mesmo corte. A Varig faz hoje 11 vôos semanais, e a TAM, 7. O total de 18 vôos
em sete dias poderá ser reduzido.
Os assentos dos aviões para esses destinos devem ser divididos
entre as duas companhias.
Peru
No caso de Lima, o compartilhamento deve ocorrer de maneira diferente. A Varig é a única empresa brasileira a voar para lá.
Realiza cinco vôos por semana.
Os aviões, no entanto, têm saído
lotados, e existe o interesse de realizar sete vôos semanais. A TAM,
portanto, entraria com algumas
de suas aeronaves.
O planejamento do compartilhamento de vôos para o exterior
é mais um indicativo de que, a
partir de agora, a fusão das duas
companhias passou a ser feita a
toque de caixa -contra a vontade da Varig, que pretendia realizar o processo de fusão de maneira mais lenta.
A decisão de compartilhar vôos
ao exterior surpreende porque a
Varig é, disparada, a empresa que
tem mais destinos internacionais.
São 25 destinos no total, número
muito superior aos 3 realizados
pela TAM.
A marca Varig também é muito
mais conhecida no exterior do
que a TAM. Mas o governo e a
TAM têm forçado a Varig a aceitar a fusão o mais rápido possível,
o que não estava nos seus planos.
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