São Paulo, sexta-feira, 26 de março de 2010

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Oi retoma o processo de fusão com a BrT

Empresa acerta novos valores para troca de ações, emperrada por pendências judiciais

Oi pagará R$ 0,39 por ação ordinária e R$ 0,21 por papel preferencial da BrT, uma redução de 12% e 3,5% sobre os valores anteriores


DA REPORTAGEM LOCAL

A Oi retomou o processo de troca de ações da BrT (Brasil Telecom) para concretizar a fusão entre as duas operadoras. A Oi comprou a BrT em abril de 2008 por R$ 5,863 bilhões.
O acordo foi fechado com base na negociação preliminar com os acionistas da BrT prevendo a troca dos papéis da operadora pelos da Oi. Naquela ocasião, a relação para a troca era a de uma ação ordinária da BrT por 0,41 ação ordinária da Oi; e de uma ação preferencial da BrT por 0,25 ação preferencial da Oi.
Esse processo teve de ser interrompido em meados de janeiro porque, segundo a Oi, houve um aumento inesperado de R$ 1,235 bilhão nas provisões destinadas ao pagamento de pendências judiciais da BrT. Com isso, elas chegaram a R$ 2,33 bilhões.
Justamente por isso, os acionistas da BrT que ainda não tinham acertado a troca passarão a receber menos pelos papéis da Oi. A paralisação também ocorreu para que se chegasse a um valor. A nova relação prevê troca de 0,2191 ação preferencial da Oi, redução de 12%. No caso de ações ordinárias, a relação sugerida agora é de 0,3955 ação com direito a voto, redução de 3,5%.

Auditoria
Boa parte do R$ 1,235 bilhão em contingências judiciais se deve a antigos clientes do Rio Grande do Sul que entraram com ações exigindo seus direitos após o início da auditoria da BDO Trevisan, segundo a Oi.
Entre 1980 e 1990, o plano de expansão da telefonia no país previa que, ao adquirir uma linha, o assinante receberia em troca ações da Telebrás, holding a que estavam submetidas as estatais telefônicas.
Em janeiro, a Oi anunciou que os acionistas da BrT concordaram em rever a relação de substituição de troca de ações após o lançamento das provisões para esses litígios no resultado financeiro da BrT do quarto trimestre de 2009.
Com a nova relação de troca, que deverá ser confirmada em assembleia pelos acionistas em até 30 dias, as ações preferenciais da BrT caíram 5,86%, fechando a R$ 11,56. As ordinárias recuaram 17,52%, fechando a R$ 16,28.
As ações ordinárias da Oi tiveram queda de 0,68%, fechando a R$ 58, e as preferenciais caíram 0,77%, a R$ 49,81.


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