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TRABALHO
Para Dieese, elevação é sazonal e reflete o ritmo lento de início de ano
Desemprego sobe e renda cai em SP
KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE
A taxa de desemprego subiu de
16,3% em fevereiro para 16,9% da
população economicamente ativa
em março na região metropolitana de São Paulo. A renda média
do trabalhador caiu 1,6% em fevereiro sobre janeiro, passando de
R$ 1.089 para R$ 1.072. Os dados
de renda têm um mês de defasagem em relação aos do emprego.
Segundo a Fundação Seade e o
Dieese, responsáveis pela pesquisa, a elevação pode ser explicada
pela sazonalidade do período-
as empresas começam todos os
anos com um ritmo mais lento e
passam a contratar no decorrer
dos meses.
"Tradicionalmente, o primeiro
trimestre apresenta um quadro
de alta do desemprego, apesar de
2004 e 2005 registrarem redução.
Este ano o aumento está dentro
do normal para o período. Para os
próximos meses, é expectativa é
mais otimista", disse Alexandre
Loloian, coordenador de pesquisas do Seade.
O avanço do desemprego elevou o contingente de desempregados para 1,695 milhão de pessoas em março, uma alta de 49 mil
em relação ao mês anterior. Há
outros 8,336 milhões ocupados na
Grande São Paulo.
Ao todo, 69 mil pessoas desistiram de procurar emprego no
mês, o que contribuiu para minimizar o aumento do desemprego.
O comércio foi o setor que mais
cortou postos: 61 mil. A indústria
demitiu 31 mil pessoas e o setor de
serviços eliminou 29 mil vagas. Já
os chamados outros setores
-que inclui construção civil e
serviços domésticos- abriram
3.000 vagas no mês passado.
O corte no comércio é explicado
pela queda no movimento depois
das tradicionais compras de final
de ano. Na indústria, o maior corte foi no setor de alimentação
(19,3%) e, entre os serviços, quem
mais desempregou foi o setor de
creditícios e financeiros (6,9%).
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