São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

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TRABALHO

Para Dieese, elevação é sazonal e reflete o ritmo lento de início de ano

Desemprego sobe e renda cai em SP

KAREN CAMACHO
DA FOLHA ONLINE

A taxa de desemprego subiu de 16,3% em fevereiro para 16,9% da população economicamente ativa em março na região metropolitana de São Paulo. A renda média do trabalhador caiu 1,6% em fevereiro sobre janeiro, passando de R$ 1.089 para R$ 1.072. Os dados de renda têm um mês de defasagem em relação aos do emprego.
Segundo a Fundação Seade e o Dieese, responsáveis pela pesquisa, a elevação pode ser explicada pela sazonalidade do período- as empresas começam todos os anos com um ritmo mais lento e passam a contratar no decorrer dos meses.
"Tradicionalmente, o primeiro trimestre apresenta um quadro de alta do desemprego, apesar de 2004 e 2005 registrarem redução. Este ano o aumento está dentro do normal para o período. Para os próximos meses, é expectativa é mais otimista", disse Alexandre Loloian, coordenador de pesquisas do Seade.
O avanço do desemprego elevou o contingente de desempregados para 1,695 milhão de pessoas em março, uma alta de 49 mil em relação ao mês anterior. Há outros 8,336 milhões ocupados na Grande São Paulo.
Ao todo, 69 mil pessoas desistiram de procurar emprego no mês, o que contribuiu para minimizar o aumento do desemprego.
O comércio foi o setor que mais cortou postos: 61 mil. A indústria demitiu 31 mil pessoas e o setor de serviços eliminou 29 mil vagas. Já os chamados outros setores -que inclui construção civil e serviços domésticos- abriram 3.000 vagas no mês passado.
O corte no comércio é explicado pela queda no movimento depois das tradicionais compras de final de ano. Na indústria, o maior corte foi no setor de alimentação (19,3%) e, entre os serviços, quem mais desempregou foi o setor de creditícios e financeiros (6,9%).


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