São Paulo, quarta-feira, 26 de abril de 2006

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Crédito aumenta 2,8% no trimestre

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Impulsionado pela redução dos juros, o volume de crédito oferecido pelos bancos cresceu 2,8% no primeiro trimestre deste ano, chegando a R$ 623,904 bilhões no mês passado. O valor corresponde a 31,6% do PIB (Produto Interno Bruto) acumulado nos últimos 12 meses.
Um dos bancos que mais colaborou para esse resultado foi o Banco do Brasil, que apresentou uma expansão de 4,4% na sua carteira de crédito entre janeiro e março deste ano -acima, portanto, da média do mercado.
No sistema financeiro como um todo, o aumento nos empréstimos se concentrou nas pessoas físicas, segmento cuja expansão foi de 7,7% nos primeiros três meses do ano.
O presidente do BB, Rossano Maranhão, credita esse movimento à procura por empréstimos com desconto em folha de pagamento. "Essa é uma carteira extremamente importante. A tendência do consignado ainda é de crescimento", diz ele. O BB encerrou o mês passado com uma carteira de R$ 5,1 bilhões no crédito consignado, o que corresponde a 14,3% do mercado.
A mesma avaliação é feita pela consultoria Austin Rating, segundo a qual o volume de crédito disponível no país deve ter uma expansão de 18,1% neste ano, chegando a R$ 717 bilhões. "As estimativas para o volume de crédito se apóiam, primordialmente, na redução da taxa de juros e na recuperação do nível de emprego e da renda real", diz o estudo.
Esse crescimento, segundo a Austin Rating, deve ser puxado pelos créditos para pessoas físicas, cuja expansão deve ficar em 25% ao longo de 2006
Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, a esperada queda dos juros nos próximos meses deve ajudar a manter o ritmo de expansão do crédito. "A tendência [do volume de empréstimos] é crescer, principalmente por causa da flexibilização das taxas num quadro de inadimplência estável", diz.
Os dados fechados pelo BC mostram que, em março, 4,5% dos empréstimos concedidos pelos bancos estavam com pagamentos atrasados havia mais de três meses -mesmo índice observado em fevereiro.


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