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MERCADO FINANCEIRO
Investidores mantêm cautela à espera da divulgação da ata do Copom; EUA também trazem preocupação
Dólar avança 0,66%, e Bolsa fecha estável
DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE
A cautela continua a ditar o ritmo dos negócios no mercado financeiro, enquanto os investidores aguardam a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central),
que sai amanhã. O dólar comercial subiu ontem 0,66%, para R$
2,128, e a Bolsa de Valores de São
Paulo teve queda de 0,03% e encerrou o dia a 39.738 pontos.
Nos EUA, o temor de que as taxas de juros continuem subindo
foi reavivado pela alta dos rendimentos dos treasuries (títulos do
Tesouro norte-americano), que
ficaram acima dos 5%. Indicadores econômicos divulgados também realimentaram a preocupação: a confiança do consumidor
americano na economia bateu no
maior patamar desde maio de
2002, e as vendas de casas usadas
subiram 0,3% em março. Os preços do petróleo deram uma trégua ontem, ao recuar 0,61%, para
US$ 72,88, mas continuam em níveis recordes (leia à pág. B12).
Os investidores esperam que
uma elevação de 0,25 ponto percentual em maio encerre o ciclo
de 15 aumentos da taxa de juros
norte-americana, atualmente em
4,75% ao ano. Mas sinais de potenciais pressões inflacionárias
deixam o mercado internacional
menos otimista.
"A discussão, no momento, é o
tamanho do efeito que maiores
altas dos juros nos Estados Unidos poderiam ter no mercado financeiro local", afirma Expedito
Araújo, responsável pela mesa de
operações da corretora Alpes. Na
sua opinião, se na ata o Copom
indicar novos cortes da taxa Selic,
a Bovespa teria fôlego para se sustentar no patamar de 40 mil pontos. "O que falta são justamente
boas notícias que inspirem o investidor a mudar de posição",
afirma o analista.
Balanços
Começou a temporada de divulgação de resultados financeiros
de empresas relativos ao primeiro
trimestre do ano. A expectativa de
bom desempenho na maioria deles contribuiu para a euforia que
tomou conta da Bovespa na semana passada.
As ações preferenciais da Gol,
que anunciou um lucro recorde
de R$ 179,8 milhões, subiram
0,92%, para R$ 74,98. As da Klabin, cujo lucro ficou em R$ 162,7
milhões no primeiro trimestre
deste ano, registraram alta de
0,19%, e as da Net recuaram 2,4%,
para R$ 1,22.
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