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Cai peso das
exportações do
Brasil para o G7
JULIANA ROCHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A estratégia política do
Brasil de investir no comércio com o hemisfério
Sul levou à queda de participação dos sete países
mais ricos do mundo nas
exportações brasileiras.
Esse processo começou
em 2004 e se acentuou.
Com o quadro de recessão,
que travou o comércio global, a queda nas vendas para os países do hemisfério
Norte é ainda maior.
A estratégia de política
internacional do governo
de dar mais atenção ao comércio com países em desenvolvimento e mais pobres recebe críticas de representantes dos exportadores. Mas analistas dizem que a queda nas exportações foi menor do
que teria sido se o Brasil
ainda exportasse mais para os países que estão no
centro da turbulência.
Os sete países mais ricos, chamados G7, são Alemanha, Canadá, EUA,
França, Itália, Japão e Reino Unido. Segundo dados
divulgados ontem pela
OCDE, a economia desses
países teve queda no primeiro trimestre de 2,2%.
Em 2003, primeiro ano
do governo Lula, os sete
principais países da OCDE
recebiam 39,59% das exportações brasileiras. Em
2007, a participação havia
caído para 31,24%. No primeiro quadrimestre, a
participação foi de 26,4%.
A China, que não compõe o G7 nem participa da
OCDE, vem segurando as
exportações. Nos quatro
primeiros meses de 2008,
a China recebeu 6,9% das
vendas externas do Brasil,
e a parcela subiu para
12,9% neste ano. A participação dos EUA caiu de
14% para 11% período.
"Se ainda tivéssemos as
exportações concentradas
nos países mais ricos, nosso risco agora seria enorme", diz Márcio Eduardo
Fortes, da Funcex (Fundação Centro de Estudos do
Comércio Exterior).
O vice-presidente da
AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil),
José Augusto de Castro,
discorda da política do governo. "O Brasil não pode
prescindir dos países desenvolvidos para exportar.
O diálogo comercial com
os EUA foi claramente
abandonado. Sentimos na
pele a queda de exportações de manufaturados."
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