São Paulo, terça-feira, 26 de junho de 2007

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Com demanda chinesa, lucro de mineradoras cresce 1.423%

ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO

Impulsionados pela expansão da economia asiática, especialmente da China, os lucros das principais mineradoras mundiais cresceram 64% no ano passado, para US$ 67 bilhões, atingindo um nível 1.423% superior ao de 2002, segundo estudo da PricewaterhouseCoopers sobre o setor.
Com o PIB (Produto Interno Bruto) chinês crescendo anualmente a taxas próximas a 10%, a demanda por minerais avançou em um ritmo mais acelerado que o da oferta, elevando os preços das commodities. Assim, apenas no ano passado, as 27 maiores mineradoras mundiais tiveram uma receita de US$ 249 bilhões, um montante 37% superior ao de 2005.
E, de acordo com o gerente da PwC Flavio Teixeira, especialista na área de mineração, a tendência é que essa expansão se repita pelo menos nos próximos dois anos. "Poderá haver correções no curto e médio prazo, mas não será nada significativo ou que possa gerar problemas. Haverá um bom período de crescimento."
Uma das conseqüências do forte crescimento do setor foi a série de aquisições na área. A PwC iniciou o estudo sobre as 40 maiores mineradoras do mundo em 2003. Desde então, nove delas foram compradas por outras integrantes do ranking. Um exemplo é a canadense Inco, que foi adquirida em outubro do ano passado pela Companhia Vale do Rio Doce por US$ 19,4 bilhões.
Para ganharem mais competitividade, as empresas acabam adquirindo as concorrentes. "Um dos temas mais repetidos no estudo [da PwC]", diz Teixeira, "é caçar ou ser caçado, comprar ou ser comprado."
A Vale é apresentada com destaque no estudo. Entre as quatro grandes do setor (que inclui a BHP Billiton, a Rio Tinto e a Anglo American), ela foi a que mais cresceu em 2006.


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