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Com demanda chinesa, lucro de mineradoras cresce 1.423%
ÁLVARO FAGUNDES
DA REDAÇÃO
Impulsionados pela expansão da economia asiática, especialmente da China, os lucros
das principais mineradoras
mundiais cresceram 64% no
ano passado, para US$ 67 bilhões, atingindo um nível
1.423% superior ao de 2002, segundo estudo da PricewaterhouseCoopers sobre o setor.
Com o PIB (Produto Interno
Bruto) chinês crescendo anualmente a taxas próximas a 10%,
a demanda por minerais avançou em um ritmo mais acelerado que o da oferta, elevando os
preços das commodities. Assim, apenas no ano passado, as
27 maiores mineradoras mundiais tiveram uma receita de
US$ 249 bilhões, um montante
37% superior ao de 2005.
E, de acordo com o gerente
da PwC Flavio Teixeira, especialista na área de mineração, a
tendência é que essa expansão
se repita pelo menos nos próximos dois anos. "Poderá haver
correções no curto e médio
prazo, mas não será nada significativo ou que possa gerar problemas. Haverá um bom período de crescimento."
Uma das conseqüências do
forte crescimento do setor foi a
série de aquisições na área. A
PwC iniciou o estudo sobre as
40 maiores mineradoras do
mundo em 2003. Desde então,
nove delas foram compradas
por outras integrantes do ranking. Um exemplo é a canadense Inco, que foi adquirida em
outubro do ano passado pela
Companhia Vale do Rio Doce
por US$ 19,4 bilhões.
Para ganharem mais competitividade, as empresas acabam
adquirindo as concorrentes.
"Um dos temas mais repetidos
no estudo [da PwC]", diz Teixeira, "é caçar ou ser caçado,
comprar ou ser comprado."
A Vale é apresentada com
destaque no estudo. Entre as
quatro grandes do setor (que
inclui a BHP Billiton, a Rio Tinto e a Anglo American), ela foi a
que mais cresceu em 2006.
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