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EXUBERÂNCIA
País cresceu 4,3% até março
Expansão nos
EUA foi maior
que a prevista
das agências internacionais
Os EUA revisaram para cima o
crescimento de sua economia no
primeiro trimestre.
O PIB (Produto Interno Bruto,
total de riquezas produzidas em
um ano) do país cresceu 4,3% nos
três primeiros meses deste ano em
relação ao mesmo período do ano
passado, de acordo com dados divulgados ontem pelo Departamento de Comércio norte-americano.
Pelo cálculo anterior, a economia
tinha registrado aumento de 4,1%.
Com o novo dado, o PIB norte-americano anualizado totalizou
US$ 7,78 trilhões no primeiro trimestre. No período anterior, esse
valor era de US$ 7,678 trilhões.
"Nossa economia está hoje mais
forte do que nunca", disse o presidente Bill Clinton em discurso aos
alunos da Universidade de Georgetown (Washington).
A nova taxa de crescimento da
economia levou em conta a revisão
para baixo do déficit comercial
norte-americano.
O cálculo mais recente da balança comercial do país apontou que o
volume das exportações no primeiro trimestre foi US$ 4,5 bilhões
maior do que o inicialmente estimado; o de importações, US$ 2 bilhões menor.
Com esse resultado, o déficit na
balança comercial do país ficou em
US$ 303,6 bilhões nos três primeiros meses do ano, contra US$ 310,1
bilhões inicialmente anunciados
-uma diferença, para menos, de
US$ 6,5 bilhões.
Mesmo com o recuo, o déficit comercial dos Estados Unidos continua bastante elevado. A estimativa
é que o déficit comercial deste ano
supere o recorde de US$ 169,3 bilhões registrado em 98, o que não
deve conter a expansão contínua
da economia norte-americana.
Isso deve levar o Fed (o banco
central do país) a elevar a taxa de
juros básica em sua próxima reunião, que acontece nos dias 29 e 30
deste mês. A taxa está hoje em
4,75%.
O forte consumo registrado no
país, que está garantindo o crescimento, pode gerar inflação, o que o
Fed quer evitar elevando os juros.
O mercado aposta que a taxa será
elevada em 0,25 ponto percentual,
passando para 5%.
Os economistas descartam aumento maior dos juros por enquanto devido à queda nas vendas
de casas, um forte indicador de que
a demanda doméstica está caindo e
a inflação está contida.
As vendas no setor de habitação
caíram 4% em maio em relação a
abril. No total, foram vendidas 5,04
milhões de casas. Em abril, esse
número foi de 5,25 milhões.
Por outro lado, o Índice de Preços ao Consumidor, principal indicador de inflação dos EUA, não
apresentou alta em maio em relação ao mês anterior, o que significa
que a inflação foi de zero por cento
no mês.
Previsões
A previsão para o próximo trimestre é que o PIB do país diminua
seu ritmo de expansão e cresça
3,5%.
No entanto, essa redução não
conseguirá evitar, de acordo com
analistas, novos aumentos nas taxas de juros.
"Minha aposta é que haverá nova
elevação na reunião de 24 de agosto", disse David Orr, economista
da First Union.
A economia dos EUA registra seu
nono ano consecutivo de expansão
econômica e o desemprego está em
seu menor nível desde 1970.
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