DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-ministro de Minas e Energia Rodolpho Tourinho disse que avisou o presidente Fernando Henrique Cardoso do risco de falta de energia em fevereiro. "Mas quando fui demitido, o presidente não me chamou para conversar", disse.
De acordo com Tourinho, até dezembro do ano passado os relatórios do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) não indicavam risco de falta de energia. "Tenho um relatório de 12 de dezembro que informa que o risco era de apenas 4,5% para 2001/2002", disse.
O ex-ministro negou que não tivesse competência técnica adequada para gerir o programa prioritário de termelétricas. Ainda assim, Tourinho disse que todas as decisões sobre o programa foram tomadas em conjunto com o alto escalão da Eletrobrás e da Petrobras.
O ex-ministro negou ainda que tivesse proibido a divulgação dos índices de risco. "O ONS tem de provar isso. E, mesmo que houvesse essa ordem, o ONS não é subordinado ao ministério", disse.
Tourinho considera que a elaboração de um plano de racionamento de energia era atribuição da Aneel e do ONS. "Mas acho que algo foi feito nesse sentido ainda em 1999", afirmou.
A Aneel não quis comentar o conteúdo do relatório.



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