São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001

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Texto diz que comunicação falhou

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente FHC e o alto escalão do governo não foram informados adequadamente sobre a crise e por isso não tomaram providências, de acordo com o relatório. "Houve deficiências importantes entre o Ministério de Minas e Energia e o restante do alto escalão do governo", segundo o texto do documento divulgado ontem.
O relatório informa que "a linguagem adotada teria induzido não-especialistas a concluir que não havia razões para alarme que justificassem a deflagração de ações corretivas imediatas".
O texto cita como FHC teria sido informado, em julho de 2000, sobre a situação de abastecimento de energia: "Considerando o Programa Prioritário de Termelétricas, mesmo que se verifique um crescimento de consumo superior ao previsto, não haverá problemas de suprimento de energia no período 2000-2003, desde que ocorram condições hidrológicas de afluências superiores a 85% da média de longo prazo".
Traduzindo: não faltará energia, desde que todas as termelétricas entrem em funcionamento no prazo previsto, entre 2001 e 2003, e que chova pelo menos 85% da média de chuvas.
No caso das termelétricas, o programa foi revisto e o número de usinas caiu de 49 para 15. Já o volume de chuvas ficou abaixo da média histórica.
O relatório informa ainda que "o fluxo de informações entre ONS, Aneel, Minas e Energia e a Presidência foi inadequado para transmitir ao alto escalão qual o risco e qual a severidade da crise".



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