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Texto diz que comunicação falhou
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente FHC e o alto escalão do governo não foram informados adequadamente sobre a
crise e por isso não tomaram providências, de acordo com o relatório. "Houve deficiências importantes entre o Ministério de Minas
e Energia e o restante do alto escalão do governo", segundo o texto
do documento divulgado ontem.
O relatório informa que "a linguagem adotada teria induzido
não-especialistas a concluir que
não havia razões para alarme que
justificassem a deflagração de
ações corretivas imediatas".
O texto cita como FHC teria sido informado, em julho de 2000,
sobre a situação de abastecimento
de energia: "Considerando o Programa Prioritário de Termelétricas, mesmo que se verifique um
crescimento de consumo superior ao previsto, não haverá problemas de suprimento de energia
no período 2000-2003, desde que
ocorram condições hidrológicas
de afluências superiores a 85% da
média de longo prazo".
Traduzindo: não faltará energia,
desde que todas as termelétricas
entrem em funcionamento no
prazo previsto, entre 2001 e 2003,
e que chova pelo menos 85% da
média de chuvas.
No caso das termelétricas, o
programa foi revisto e o número
de usinas caiu de 49 para 15. Já o
volume de chuvas ficou abaixo da
média histórica.
O relatório informa ainda que
"o fluxo de informações entre
ONS, Aneel, Minas e Energia e a
Presidência foi inadequado para
transmitir ao alto escalão qual o
risco e qual a severidade da crise".
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